Sou gulosa.
Gosto de sentir o sabor do desejo
na ponta dos dedos.
Para ir sempre
mais além,
na insuficiência
da minha existência.
O que queres não sei.
Deixo o corpo fora da roupa.
Se dizes que gostas de mim,
tens o mundo ao contrário.
Como açúcar quando escrevo,
por isso sou um doce.
Acordas-me com raiva
mas não me mordes.
Entre a saliva e a língua,
Será que podes
pôr-me a morder
o lábio?
Queria dizer tudo
para que desejasses
saber o resto.
Mas isso não interessa.
Quando descobrires o meu lado escondido,
dirás que não presto.
Eu não sou detergente
para lavar roupa suja.
Não poderás acompanhar-me
na diferença.
Sou a que vai pela verdura,
formosa mas pouco segura.
Apenas te pergunto:
gostas do escuro?
Mais uma vez nos brindas com um excelente poema.. Bem haja por partilhares, um bj
ResponderEliminarPara quê a luz?
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.