Deitei-me no sofá.
Sentia-me cansada.
Acabei por adormecer.
Nem dei por nada.
Sentia a presença de alguém
perto.
Emergiu um calor de
repente.
Foi o teu olhar
incendiado.
Não me apercebi
imediatamente.
Aconcheguei-me no sofá.
Deitaste-te a meu lado.
Viste-me de costas
voltadas.
Rodeaste o meu corpo.
Despenteaste os meus
cabelos.
Afastaste os meus
pesadelos.
Chamei por ti
Estava no meio de um sono
agitado.
Não tenhas medo. Estou a teu lado.
Beijaste o meu pescoço
devagar.
Senti o teu ansioso
respirar.
Fiquei a flutuar.
Mesmo sem veres o meu
rosto
conseguiste ver-me através
da roupa.
Fiquei despida com o teu
olhar.
Rodei nas tuas mãos.
Mordeste os meus lábios
como um amante insaciado.
Vagueaste pelo meu corpo
que desfolhaste da roupa.
Vi o teu rosto loucamente
apaixonado.
Nada se perdeu em mim.
O meu grito ecoou na tua
pele
onde pesava o coração.
Agarraste-me com força
enquanto era palpável.
Nada se perdeu de nós.
Voltou a primavera.
Colhi o teu sorriso com as
mãos.
Guardei-o dentro de mim.
Amo-te e quero-te assim.
Desperto e desapareceste.
Não agarrei nada do que em
mim tocou.
À luz do dia tenho um
segredo
Sonho contigo para te amar quando quiser.
Não contes a ninguém.
Digno de uma alma inspirada ;)
ResponderEliminarhttp://planopalavras.blogspot.pt/
Sofá inspirador...
ResponderEliminarMagnífico poema, gostei muito.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.