sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Um Amor floriu


Bates no meu peito

de um jeito

que não compreendo.

Logo agora que não queria saber de ti!

 

Surgiu um amor profundo

que me fez pensar

Posso possuir o mundo.

Tudo ganhou forma.

Quem amo agora é meu.

Continua vivo e não morreu.

Apenas adormeceu.

Antes de ti a noite morria.

Isso não me importava.

Depois de ti, quando me deitava

na cama vazia,

não sonhava nem dormia.

Estava contigo.

 

O Amor faminto deleitava-se

com os beijos que não te dei.

Digo que não me importava

não os ter dado.

Minto! Está tudo errado!

Gostava de te sentir ausente.

Pensar até que morreste.

Esta loucura deixa-me doente.

Gostava de sentir Saudade.

Amava-te de novo.

Nada disto é verdade.

Queria tocar-te, na realidade.

 

Hoje as páginas são bandeiras brancas

marcadas pelos versos que escrevo.

Reforço a profundidade das raízes

do Amor que cresceu em nós.

O verso direito lança-se na margem.

Nasce o poema feito à tua imagem.

Acalmo, assim, a pomba assustada

que é o meu coração.

Amo-te inteiro com a ponta da caneta

mergulhada no tinteiro.

Dou-te o meu mundo outra vez

mesmo quando não me vês.


 
Surpreendo-me!

Um Amor floriu no jardim.

Vejo-o da janela que abri

para te ver.

3 comentários:

  1. Muito, muito bela e tocante :)

    http://planopalavras.blogspot.pt/

    Ebook de Poesia: Coletânia de Devaneios (https://www.smashwords.com/books/view/361440)

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  2. Escrito com a alma.
    Gostei muito, fizeste mais um excelente poema.
    Tem um bom domingo e uma boa semana.
    Beijo.

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  3. Identifico-me tanto com as tuas palavras e o teu sentimento! Vou levar por dentro. Beijinhos doces.

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