quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Inalcançável, por agora!


Para além da porta

está deitada no leito

uma alma quase morta.

A luz da minha alma fundiu.

Aconteceu há pouco tempo.

Ainda está quente.

É apenas um disfarce

para dizer que estou viva

mesmo sem o teu alcance.

 

Todos os erros, dores, fraquezas,

incertezas, mágoas e tristezas

eram palpáveis e fundiram-se na minha alma.

Era um lago parado.

Talvez por isso o olhar tenha secado.

Fiquei calma.

 

Não há estrelas no céu.

Está mais aberto.

Tudo me envolve.

Senti a Saudade mais perto.

Há o sorriso imperfeito.

O desejo de ver o meu Amor

é a flor que desabrocha no meu peito.

 

O corpo ficou vazio.

A alma cheia de ilusão.

Há a melodia que soa de dentro

e trespassa o coração.

Rompe o silêncio no quarto deserto.

A melodia é o toque

da Saudade que persiste.

Não sei por que me toca.

Sinto-me triste.

 

O Amor não se explica.

Traz a lembrança na noite que fica.

Não quero nada.

Apago a minha Vida.

Adormeço de seguida

na sombra do amante

inalcançável, por agora!

1 comentário:

  1. Adoro, mas adoro mesmo os teus poemas. Grande poeta :)

    http://planopalavras.blogspot.pt/

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