Para além da porta
está deitada no leito
uma alma quase morta.
A luz da minha alma fundiu.
Aconteceu há pouco tempo.
Ainda está quente.
É apenas um disfarce
para dizer que estou viva
mesmo sem o teu alcance.
Todos os erros, dores, fraquezas,
incertezas, mágoas e tristezas
eram palpáveis e fundiram-se na minha alma.
Era um lago parado.
Talvez por isso o olhar tenha secado.
Fiquei calma.
Não há estrelas no céu.
Está mais aberto.
Tudo me envolve.
Senti a Saudade mais perto.
Há o sorriso imperfeito.
O desejo de ver o meu Amor
é a flor que desabrocha no meu peito.
O corpo ficou vazio.
A alma cheia de ilusão.
Há a melodia que soa de dentro
e trespassa o coração.
Rompe o silêncio no quarto deserto.
A melodia é o toque
da Saudade que persiste.
Não sei por que me toca.
Sinto-me triste.
O Amor não se explica.
Traz a lembrança na noite que fica.
Não quero nada.
Apago a minha Vida.
Adormeço de seguida
na sombra do amante
inalcançável, por agora!
Adoro, mas adoro mesmo os teus poemas. Grande poeta :)
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