domingo, 6 de maio de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
O Canto
Parti rumo à Primavera que no meu interior se escondeu
Esqueci-me de como era a primavera
Pois sem dar por isso entardeceu
E foi assim que surgi aos teus olhos
Simplesmente tardia
Quando a luz morria nesse dia.
Trazia na voz o Canto que era meu e teu
E era fruto do Amor tardio
que deixamos morrer lentamente no lento morrer do dia
Quando tardamos no beijo
que na boca pendia.
Ficamos à luz dessa chama que lentamente morria
E que acordou com o beijo que tardou
e que os nossos corpos estremeceu com o arrepio
Mergulhado nas vontades e fantasias
que trazíamos espelhadas no olhar nesse dia.
No silêncio do momento que de beijos e caricias se preencheu
Ficamos embalados pelos braços
Desse Canto de Amor que partilhamos
Quando surgi tardia
De mãos vazias
e despida de mágoa e nostalgia
Envergando simplesmente o Canto que vinha do fundo dos teus olhos
O Canto que se fundiu em Nós
Como se cantássemos a uma só Voz
Quando o beijo tardio, o tempo parou.
domingo, 15 de abril de 2012
Contrastes
Sou a neve branca e misteriosa
que escorre nesses vitrais.
Sou a chama gélida que consome esses desejos subtis.
Mergulhei a ponta da caneta no fundo dos teus
olhos
Para delinear as histórias
que revejo nas imagens espelhadas
E que quero que sejam reinventadas
com o Amor que tenho aqui.
Amor que selei na mudez da minha voz.
Amor que me fez agarrar na solidão que me vestiu de fantasia
Para não me sentir despida e vazia.
Atirei-me nos braços da tua Loucura
E por entre a chuva que se debruçou sobre nós
Pegaste nas minhas mãos desertas
que ficaram abertas
Para te ter no momento em que o Amor desabrochou no jardim.
Como o beijo que em mim guardei
E que nunca te dei.
sábado, 31 de março de 2012
Um lugar estranho
O Amor é um lugar
estranho onde poucos se encontram
e muitos procuram motivos
para estar.
Nessa procura incessante
de descoberta e redescoberta ficam os
rastos dos amores perdidos.
Amores nunca vividos
Apenas sentidos mas
nunca arrancados do peito
Mas chorados muitas
vezes no leito
de quem os sentiu.
de quem os sentiu.
Amores que ficaram
presos a linhas ténues de sentimentos
e que ficaram simplesmente
ausentes de palavras,
Nos silêncios gritados
dos olhares distantes.
Amores que muitas
vezes foram cravejados de palavras belas
Mas tão vãs…..
que se tornou insuportável ouvi-las e senti-las.
Por isso
procuraram-se locais frios para acalmar essa dor
Não de amor mas de
ausência e solidão.
domingo, 18 de março de 2012
Simplesmente
Simplesmente não és um lugar comum
Poucos te conseguem ouvir pois és simplesmente Intenso demais
Libertas os desejos e os medos, os gritos e as raivas
Simplesmente com a tua envolvÊncia a que poucos dão valor
Não desprezamos a tua existência mas receamos que te tornes um grande pedaço de nós
Curvamo-nos sobre ti quando nos deitamos sobre as nossas fraquezas
De uma forma tão Incessante
Que temos medo medo de morrer em ti e por isso Odiamos por vezes as tuas presenças
Tão necessárias.
domingo, 4 de março de 2012
Baloiçando na infância
Na parede do quarto ali ficou
Uma história numa foto
que já passou
Continua a cativar-me a menina inocente de olhos verdes
Cabelos claros e sorriso doce.
Continuo a vê-la e pergunto-lhe
Quando foi que te perdi?
Quando deixei de ver-te?
Continua a provocar um sorriso mergulhado em rio
Continuo a vê-la a baloiçar na oliveira.
Numa constante brincadeira
que depois a fazia
correr pelos campos
aproveitado a eterna liberdade pura e inocente.
Por entre esses campos
Cravejados de pequenos sóis com que se deliciava arrancar os
seus pequenos raios.
Continuo a vê-la incessantemente.
Pois sei que ela continua em mim
Mesmo que……
já não baloice na oliveira.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Bailado de sedução
Não consigo tirar os olhos de ti
Mesmo que queira não consigo
Abro os olhos e consigo ver-te
Adormeço e consigo sentir-te
Num simples bailado de sedução
Em que permanecemos bem juntos
Tudo parece parar e nada mais importa
Conseguimos sentir num simples toque todos os contornos dos corpos.
O que fica é a intensidade desse momento em que tudo acontece mas nada se vê.
Sentes o perfume.
Consegues delinear com os teus dedos todas as curvas desse corpo que tens entre mãos .
E no momento da partida fica apenas um pedido
que faz o tempo parar
“Espera dá-me um beijo”
"Queres um beijo meu?”
Numa atitude de desafio ficamos encostados à espera que o inevitável aconteça
E o tempo volta a contar a partir do momento em que os lábios se tocam.
Porque afinal o tempo aqui mede-se a partir de um beijo que termina simplesmente não com um adeus mas com
amo-te.
Nesse momento abro as janelas do meu corpo: o meu olhar....
Mesmo que queira não consigo
Abro os olhos e consigo ver-te
Adormeço e consigo sentir-te
Num simples bailado de sedução
Em que permanecemos bem juntos
Tudo parece parar e nada mais importa
Conseguimos sentir num simples toque todos os contornos dos corpos.
O que fica é a intensidade desse momento em que tudo acontece mas nada se vê.
Sentes o perfume.
Consegues delinear com os teus dedos todas as curvas desse corpo que tens entre mãos .
E no momento da partida fica apenas um pedido
que faz o tempo parar
“Espera dá-me um beijo”
"Queres um beijo meu?”
Numa atitude de desafio ficamos encostados à espera que o inevitável aconteça
E o tempo volta a contar a partir do momento em que os lábios se tocam.
Porque afinal o tempo aqui mede-se a partir de um beijo que termina simplesmente não com um adeus mas com
amo-te.
Nesse momento abro as janelas do meu corpo: o meu olhar....
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Vagueando
Porque não podemos procurar as coisas certas pelos motivos errados
Vagueias pelas ruas desertas
Tendo um destino incerto
Caminhas assim
com as roupas rasgadas e com o cabelo em desalinho
com as mãos gastas
e os pés magoados.
Caminhas com a alma livre
e despregada do chão
e nas mãos levas o coração
despedaçado
com as lâminas da paixão
que te prendeu numa prisão
a que um dia chamaram solidão.
Chegaste às margens do rio e viste a razão desse coração partido
refletido na água que lavará a alma....
Pois no fundo sabes bem....
“o amor é uma doença quando esperamos ver nele a nossa cura”
Vagueias pelas ruas desertas
Tendo um destino incerto
Caminhas assim
com as roupas rasgadas e com o cabelo em desalinho
com as mãos gastas
e os pés magoados.
Caminhas com a alma livre
e despregada do chão
e nas mãos levas o coração
despedaçado
com as lâminas da paixão
que te prendeu numa prisão
a que um dia chamaram solidão.
Chegaste às margens do rio e viste a razão desse coração partido
refletido na água que lavará a alma....
Pois no fundo sabes bem....
“o amor é uma doença quando esperamos ver nele a nossa cura”
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Hoje apeteceu-me
Hoje apeteceu me …..
Olhei pela janela e senti vontade de dizer o quanto te
amo.
Está frio bem sei mas que importa isso?
As palavras não eram suficientes e senti-lo também não.
Sentei-me na poltrona e senti vontade de te ter.
Continua frio e eu mantenho me aqui.
Não o receio, nunca o receei.
No entanto sempre te quis por perto, embora o tenha
negado.
Nunca fui suficiente para ti e nem digna de te possuir.
Hoje anseio pelo teu calor mas mantenho a poltrona na
sombra fria do Outono.
mas continuo a desejar-te intesamente
e é nessa intensidade que aguardo o raio de sol
Pois sei que nesse momento
afinal já não fará assim tanto frio.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Na tua ausência de ti, amanheceu
Na ausência de ti
Ela procurou um
motivo para estar.
Quis partir mas teve
de ficar.
Desejou ter-te perto
Mas continuaste longe.
Quis tocar-te mas escorreste-lhe por entre os
dedos
Desejou tomar-te mas
teve medo.
Abriu a caixa de
segredos para poder ladrilhar a sua rua
Com os seus desejos e
mistérios
Para que a visses
como tua.
Desejou espalhar-te
em si.
Rasgou o desejo e a
vontade de te ter.
Ela quis morrer mas
teve de fugir
Para poder apagar da
memória porque a fizeste sorrir.
Assim, calidamente no
amanhecer
Renasceu pois
procurou um sonho
No meio da escuridão
que só conseguiu
rasgar
Com o sol do perdão.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Amor submisso
Deixo-me vaguear
pelas ruas caiadas
Com Esse amor submisso
que envergo nas roupas rasgadas
Com que visto o meu
corpo.
Esse amor tão ardente
Que me faz sentir
diferente
A cada passo que dou.
Olho para lá no
horizonte e não sei quem sou
Mas sei que existo e
nesse exato momento me dou.
Esse amor tão singelo
Que me faz medo
perdê-lo a cada esquina que dobro
Esse amor submisso
que guardo como se fosse preciso
Escondê-lo de quem não
o vê.
Esse amor submisso
que na simplicidade da sala
Deixou a cadeira a baloiçar
Num simples repousar
de corpos adormecidos.
Esse amor submisso
Que deixa entrar pela
janela
O raio de sol que nos
paralisa, aquece e imobiliza
Com a sua enorme beleza.
Esse amor submisso
Que nos faz sentir
com o coração
Que nunca nos faz
dizer não.
Esse amor submisso
que nos faz querer estar presos
Ao incerto desejando
ter por certo
O amor que não conhecemos.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Rosa de sangue
Pela janela Maria viu que a noite não tinha estrelas.
Mas na solidão dos ponteiros do relógio
Ouvia o tique-taque.
Ouvia o tique-taque.
Mas lá no fundo da escuridão
Mergulhou a ténue solidão.
O relógio parou.
Viu à luz ténue do nevoeiro o teu rosto iluminado.
Correu para ti pois pensava que serias o seu amado.
Procurou no teus olhos
O brilho que queria que fosse o seu.
Serias a sua existência.
A sua alma e o seu corpo seriam teus.
Na ousadia se revelaram os corpos envolvidos pelo desejo e mistério.
Aspiraste o seu desejo com toques delicados.
Mas com espinhos acariciaste o corpo que dizias amar.
Fragmentaste a sua alma
E deixaste-a a esvair-se no sangue
E deixaste-a a esvair-se no sangue
Que um dia te fez pulsar.
E num amor tão louco que destruiu o jardim de rosas
Caiu a alma que se deixou amar
Pelas trevas criadas por si.
Amanheceu....
Maria volta a olhar pela janela
E o nevoeiro dissipou.
E o nevoeiro dissipou.
O relógio volta a contar o tempo.
A noite voltou a ter luar.
Partiste....
A noite permanece escura numa ténue solidão
Que se quebra docemente
Com um beijo de despedida eterno.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Foi muito mais
Foram mais que as
palavras
Foram os gestos que
eram teus
E os desejos que
trocamos no meu mundo e no teu.
Foram os passos do silêncio
Que segui sem hesitar.
Foram as palavras que hoje escrevo
Que são da fonte das histórias
De um passado lavrado no campo da memória.
Foram os cravos e as rosas
Que hoje trago no regaço
Com que lavrei a
prosa
que encontrei no
mundo da fantasia.
Foi o dia em que peguei na caneta
E prendi o meu
coração às cordas
onde baloicei durante horas.
Mas foram mais que as
palavras
Que deixaste no jardim,
onde plantamos as
flores
que desejamos
e onde respiramos o
ar cheio de inocência e jasmim.
Partilhámos toda a inocência
Que deixamos
desabrochar
Nesse jardim tão colorido
que percorremos sem hesitar.
Deixei nesse jardim,
Os desejos e os
sonhos.
Os amores trouxe-os
no regaço,
Que partilho nesse
abraço.
Na corrida contra o
tempo
Baloiçamos nessa
corda,
Baloiçamos devagar
Só para sentir a
brisa que teima em nos aconchegar.
Continuamos a
baloiçar nesse mundo de ilusão,
Pois somos as eternas
crianças
Que correm com o
mundo na palma da mão.
E é presa a essa
corda viva
Que mantenho o meu coração
Ao qual dou a corda
para manter viva a inocência
Que marcaste com a
tua ausência
(que trago no regaço).
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Quero que sejas assim
És o poema que escrevo em mim
Como uma tatuagem
Que gravo na realidade que piso
Que apago e aliso
Num simples abraçar de palavras.
Quero assim a chama que não conheci.
És o corpo e o beijo em flor
És o amor que vive no jardim
Mas também a melodia
Um cheiro de maresia
E a tinta com que escrevo toda esta poesia.
És a noite e o dia
O luar do amanhecer
Onde procuro o teu ser
No envolvimento do sentir
De uma paixão.
És a loucura que reconheci
Nas noites em que me perdi e te vi
Doce, quente e intenso
Como um amante eterno.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
A janela discreta
Abrimos uma janela
discreta
Onde a Musa se pôs à
janela para te ouvir “cantar”
Numa voz tão
melodiosa
Tantas vezes desejosa….
Nessa janela discreta
vislumbro o teu rosto jovem
Vislumbro o teu olhar
Que anseio por tocar.
Esse olhar que transforma
o que sente numa chama
Que queima a pele de
quem o ama
Essa chama que consome
a alma da Musa que sente mas não o diz
mas num suspiro deseja
que fiques aqui.
Nessa janela discreta
que ficou aberta
Entraste tu com o teu
encanto e derrubaste esse prato que destruiu os inocentes.
Tens no olhar a intensidade
de um beijo
E nas mãos a força de
um desejo: encontrar a Musa que te ama
Que se prende e
agarra ao corpo que é teu.
E tu Poeta que cantas
as suas odisseias
Continuas a usar as
linhas de suporte para tecer a teia
que a prendeu a ti.
Essa Musa eterna
feiticeira dos teus sonhos ao acordar ,
Desejas senti-la na intimidade,
Ver o seu olhar,
Ler a sua alma com a
palma da mão
E possui-la com
firmeza para que ela tenha a certeza
Que não pertence a
mais ninguém.
Ouvi-la querer-te é o
que desejas
mas ela será Tua na
eternidade da palavra cantada por ti.
Mas permanecerá
sempre a lembrança do abraço de uma noite no qual determinaste o destino
“És minha para sempre
, mesmo que no final da história morramos os dois”.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Omito o sentir
Omito o sentir nas
palavras descaradas
Com as quais faço
paisagens.
Omito o sentir que
sinto na palma da mão
E que me escorre dos
dedos através da tinta
Que corre neste
coração.
Omito o sentir
Para acalmar estas línguas
de fogo
Que consomem este
pedaço de papel que rasguei
E larguei ao vento
Num simples suspiro e
num lamento
como a guitarra que
chora com o vibrar das cordas
do coração que sente
a saudade.
Omito o sentir mas não
procuro as palavras ideais
Mas aquelas que me
ajudam a pintar esta tela de sentimentos reais.
Omito o sentir
não nas
palavras escritas mas nas que ficaram por dizer.
São as que estão nas
entrelinhas e que é necessário esconder.
Pois não interessa
escrever a realidade se não a conseguimos ver .
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Tic-tac
Tic-tac continuas a bater
Tic-tac…
Bate segundo a
segundo
Deixando-te ligado ao
mundo.
Esse pedaço de ti que
trazes na palma da mão
Sentes a batida
Mas não percebes a
razão.
Olhas para ele e não vez
utilidade
Porque querias pará-lo para manter a sanidade.
Querias que fosse de
pedra
Para ser difícil de
partir
Mas deixaste-o cair e
ficou em cacos
Tentaste colá-lo e
ficou em pedaços.
Querias que fosse de
gelo
Para poderes mantê-lo
frio
Mas veio o Sol e derreteu-o com o seu brilho.
Querias que fosse de
papelão
Para aí escreveres a
tua verdadeira essência
Mas se viesse a chuva iria desfazer-se como
um castelo de areia.
Essa peça fundamental
que faz de ti aquilo que és
E está repleto de ti…
Macio como as pétalas
de rosa
Que deixa escorrer as
gotas de água como se fossem lágrimas
Leves, breves e
suaves.
Pequeno pois cabe na
palma da mão
Mas é tão grande como
a imensidão.
Frágil como o cristal
Que quando estala, fica
marcado.
Simples como uma
folha de papel
Que muitas vezes fica
rasurado
Mas que continua a reinventar
as suas histórias
Que refletem aquilo
que vai em ti, coração,
Tu que és
Tu que és
Um pedaço de vidro rasurado
com um lápis de carvão.
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