Tic-tac continuas a bater
Tic-tac…
Bate segundo a
segundo
Deixando-te ligado ao
mundo.
Esse pedaço de ti que
trazes na palma da mão
Sentes a batida
Mas não percebes a
razão.
Olhas para ele e não vez
utilidade
Porque querias pará-lo para manter a sanidade.
Querias que fosse de
pedra
Para ser difícil de
partir
Mas deixaste-o cair e
ficou em cacos
Tentaste colá-lo e
ficou em pedaços.
Querias que fosse de
gelo
Para poderes mantê-lo
frio
Mas veio o Sol e derreteu-o com o seu brilho.
Querias que fosse de
papelão
Para aí escreveres a
tua verdadeira essência
Mas se viesse a chuva iria desfazer-se como
um castelo de areia.
Essa peça fundamental
que faz de ti aquilo que és
E está repleto de ti…
Macio como as pétalas
de rosa
Que deixa escorrer as
gotas de água como se fossem lágrimas
Leves, breves e
suaves.
Pequeno pois cabe na
palma da mão
Mas é tão grande como
a imensidão.
Frágil como o cristal
Que quando estala, fica
marcado.
Simples como uma
folha de papel
Que muitas vezes fica
rasurado
Mas que continua a reinventar
as suas histórias
Que refletem aquilo
que vai em ti, coração,
Tu que és
Tu que és
Um pedaço de vidro rasurado
com um lápis de carvão.
Um pedaço de vidro rasurado com um lápis de carvão...
ResponderEliminarGostei do teu poema, é muito bom.
Beijo, querida amiga.