Omito o sentir nas
palavras descaradas
Com as quais faço
paisagens.
Omito o sentir que
sinto na palma da mão
E que me escorre dos
dedos através da tinta
Que corre neste
coração.
Omito o sentir
Para acalmar estas línguas
de fogo
Que consomem este
pedaço de papel que rasguei
E larguei ao vento
Num simples suspiro e
num lamento
como a guitarra que
chora com o vibrar das cordas
do coração que sente
a saudade.
Omito o sentir mas não
procuro as palavras ideais
Mas aquelas que me
ajudam a pintar esta tela de sentimentos reais.
Omito o sentir
não nas
palavras escritas mas nas que ficaram por dizer.
São as que estão nas
entrelinhas e que é necessário esconder.
Pois não interessa
escrever a realidade se não a conseguimos ver .
Nunca comentei, mas acho este poema soberbo.
ResponderEliminarBeijo.