Foto: Raymond Elstad
Despes-me a camisa
e é assim que a noite
cai.
Navegamos sem velas.
Apagamos as luzes.
Percorremos o nó:
uma milha de distância.
Somos mais velozes
que o som.
Desaperto-te o nó da gravata
sem nó na garganta
mas sem nada
para falar.
Entre a
parede e o corpo
enterras a espada.
Contorço-me sem saber
para onde escapar.
Não me deixas fugir.
Apenas sorris.
Queres ouvir-me gritar.
Da incisão,
descobres a nascente.
A fuga orgásmica
é a única saída.
Um homicídio lento
onde me rendo
sem nós.
Maravilhoso poema de uma sensualidade contida e muito metafórica.
ResponderEliminarBeijos.
Mais um poema, absolutamente arrebatador e de leitura irresistível, da primeira à última palavra...
ResponderEliminarBeijinhos!
Ana