Foto: Alexander Motylev
Não falo
para as paredes
sobre as
coisas do corpo.
Não sou
feita de pedra.
Sou feita
de carne e osso.
Irreconhecível.
Irresistível.
Deixaste-me
sem direção
quando desfizeste
as curvas
em contramão.
Nada disto
é terreste.
Vamos
navegar?
Mantivemos
a língua
nas bocas.
Queres falar
sobre isso?
Entreguei-te
tudo
até ficar
sem a roupa do corpo.
Fiquei
pobre.
Subiu-se o
mastro.
Içamos
velas sem pano.
Navegamos
em rio aberto
com suor,
sangue a
pulsar,
sem lágrimas.
Íntima
travessia
em que
deslindas
todas as
rotas.
Foram
pedaços
de mau
caminho
que se
descobriram.
sem
tormentas.
Apenas
abraça (deiras),
não
correntes.
Nelas
navegamos nós.
Colho o fruto
maduro
que me cai
nos lábios.
Dá-me as
tuas
mãos de
liberdade.
Somos
apenas fantasmas
em lençóis
despidos,
ocultos
pelo desejo
do fruto
proibido.
Afinal,
o coração
não é direito
pois ocupa
o lado esquerdo
do peito.
Queres uma
maçã?
Muito original.
ResponderEliminarAfinal,
o coração não é direito
pois ocupa o lado esquerdo
do peito.
Não se deve entregar tudo.
ResponderEliminarO coração é um trôpego que nos desorienta.
Muito bom.
bj amg
"Íntimas travessias". As vezes até comer uma maçã pode ser um íntimo regozijo.
ResponderEliminarUm belo poema.
Beijo.
Wow! Adorei ^^ posso levar?
ResponderEliminarBeijinho,
http://danielasilvablogof.blogspot.pt/
Quero!!!!
ResponderEliminarApreciar esta maravilha de post... para ler e reler!...
Fantástico poema!!!!
Bjs
Ana