Este poema
Está cheio de nada.
Pensas como
sou por dentro
e eu digo-te que
a casa está vazia.
Tem apenas três quartos.
Um em cada hora.
Ora, não é muito.
É impar.
É difícil ficar.
É mais fácil vir(-me).
Se me visitares,
fica do lado de dentro.
Eu ver-te-ei
do lado de fora.
Pisarei as pedras
que vibrarão
com o calor do corpo.
Só me resta
ficar nua.
Arrebentaram-me as águas
nas mãos.
Nasce o fruto do desejo
construído no silêncio
do grito que dei.
Parti todos os espelhos
da casa pois há
reflexos inexplorados
na claridade das horas.
Por isso,
mesmo sem nada,
não adormeças.
ola boa tarde nobre poetisa belíssimo poema muito bem definido gostei parabéns tenha uma linda semana bjos
ResponderEliminarmmm... minha querida Ana
ResponderEliminara tua casa é grande..
e ver-te ali.. nua... reflectida em cada espelho...
ter-te em cada quarto...
escutar o teu grito, abafado em meus lábios...
não, não adormeço... não me deixas...
Um beijo
Um poema muito sensual... Claro, poderoso...
ResponderEliminarGostei muito...
Beijos e abraços
Marta
Olá, Ana.
ResponderEliminarUm poema cheio de nada e a dizer tanto.
Bonito demais.
bj amg
Um poema belíssimo, que nos agarra por dentro, de forma intensa, e arrebatadora, da primeira à última palavra!...
ResponderEliminarAdorei! Beijinhos!
Bom fim de semana!
Ana
Sua poesia, deixa espaços, o que a torna rica! A literatura em suas várias formas, pode ser comparada à psicanálise em alguns momentos. Através dos poemas no caso, aprendemos a ouvir silêncios, a desvendar entrelinhas, a perceber os não-ditos. Quem os escreve nos ensina não somente a ampliar nossos pensamentos, como sentimentos!
ResponderEliminarParabéns Ana!