Desembaraças o meu cabelo
de palavras.
Entranço o cabelo de desejos.
Sabias que os prendi
com elásticos?
Dizem que eles vêm e vão.
Estão bem apertadinhos
nos poros da pele
que aconchegas na palma da mão.
Empresto-te o beijo
que tenho selado nos lábios
e mato-te a vontade
só para poder enterrar-te
bem fundo no mar.
Sabes nadar?
Sabes,
ninguém nos conhece
e os sentidos emprestam
fogueiras aos olhos parados.
Viro-te as costas.
Sei que gostas
de ler
poemas ocultos.
Fico em ponto morto.
Mordo o lábio.
Aquece-me as mãos
pela calada.
Sem uma única palavra.
Apenas res(sus)pira.
É este o ponto de colisão.
Despistaste-te?
Que desenvolvimento hipnótico!!!
ResponderEliminarFui atraído pela história!
Parabéns!
"Desembaraças o meu cabelo de palavras". Um belo começo para um poema excelente, cheio de ritmo e de uma certa ironia...
ResponderEliminarBeijos.
Sempre um magnifico choque frontal... Chegar aqui... para me deliciar, com mais um poema assim... numa forma apenas aparentemente simples... mas de uma profundidade e arrebatamento desconcertantes!...
ResponderEliminarComo sempre... um trabalho formidável!
Beijinhos! Bom domingo!
Ana