Hoje comi chocolate.
Adoro chocolate, sabias?
Bem te disse que te falaria
de coisas doces.
Não sou uma mulher madura.
Já caí várias vezes.
Ninguém colhe o que cai.
Não tenho casos arquivados.
Não tenho casos por resolver.
Sou apenas um caso perdido
que está preso no domicílio
de um corpo.
Se fosse costureira
falaria para os meus botões.
Falo com a minha mãe,
Língua Portuguesa,
e prego para peixes de papel.
Quando me cantam
Versos em linhas de fogo,
tapo os olhos
para não cegar dos ouvidos.
Quando idealizo,
faço-o de luz apagada
pois acredito
que terei ideias brilhantes.
Queria usar as palavras
para me despir por dentro.
Dizem que isso
é algo que não se vê.
Atirei a roupa pela janela fora.
Tenho um quarto na Lua
e um quarto na hora.
Ainda demoras
ou vens agora?
Antes que me esquecesse
de apagar a luz,
fiquei sem companhia na cama.
A almofada caiu.
Fiquei sem palavras.
Fiquei sem companhia.
Fiquei sem roupa.
Ironicamente.
Ironicamente belo!
ResponderEliminarBeijos.
Obrigado por visitar minha página... Virei outras vezes com mais tempo para me inspirar....Abraços...
ResponderEliminarOlá, Ana.
ResponderEliminarDesculpa demorar a responder à tua visita.
Estive em "banho-maria" ;)
Gostei da tua "ironia".
bj amg
E não é com ironia que digo que adorei, mais este poema... mas com absoluta sinceridade!...
ResponderEliminarExcelente trabalho, como sempre! Beijos
Ana