Foto: Andrew Lucas
A luz ao fundo
imprime o valor
oculto na máquina.
Somos pessoas singulares
e todos damos um contributo rentável
que partilhamos.
Não sei se sou uma boa contribuinte.
Contribuo para a tua felicidade?
Diretamente tocas-me com valores
pois estou vinculada a ti.
Indiretamente toco-te através
das mãos dos outros.
Também temos taxas
quando damos e recebemos:
Tu incendeias.
Eu apago o que resta.
No fundo,
há sempre um valor acrescentado
em tudo o que fazemos
mas que varia com a sua importância.
Voluntariamente ligas-te
ao que se vai tornar uma obrigação.
Incide sobre a realidade,
sobre o que posso dar-te.
Lanço-te na tentativa de saber quem és
e liquido para saber o que fica.
Não haverá cobranças
de ambas as partes.
Saberás apenas que terás direitos
e contrairás deveres.
Tens personalidade (jurídica), ou não?
No final dir-me-ás que isto é ordinário.
Eu digo-te que mesmo a contragosto,
mais tarde ou mais cedo,
todos temos de pagar.
Lanço-te um beijo.
Vou ter de o cobrar
mesmo que no final fiques
sem a roupa do corpo.
Caminhos insondáveis
ResponderEliminarGostei desta metáfora ao IRS...................
ResponderEliminarAtravés da poesia... sempre nos despimos do mundo... e nos damos a conhecer um pouco mais de nós!...
ResponderEliminarMais um belíssimo poema que adorei descobrir... e que me encantou, por aqui!
Beijos!
Ana