Foto: Oktay Donmez
Na solidão de um quarto
vazio de gente,
um corpo nu,
frio,
adormecido,
está deitado na secretária.
Ando na ponta dos pés.
As Palavras são
semeadas em terra escura,
por isso,
hoje deveria escrever
de luz apagada.
Criam raízes
e não há vento que as abale.
Há momentos felizes.
Poderia agarrar-te
e traçar o teu destino.
Mas a boca tem o céu
e a língua tem tudo
o que te quero dizer.
Hoje tens o melhor de mim:
o meu silêncio
escrito na ponta dos pés.
E pé ante pé, em pontas de pés, como bailarina, traças
ResponderEliminarnos espaços a tua poesia.
Excelente, Ana!
xx
Excelente!
ResponderEliminarFolha ante folha
ResponderEliminarum bailado suave e elegante em teu poema...
ResponderEliminarbeijo
E que não se interrompam os sonhos sonhados... a menos que os acordem... para se tornarem realizados...
ResponderEliminarUm poema leve... mas profundo! De leitura apaixonante...
Gostei imenso!
Beijinhos!
Ana