Foto: Hsfotografie
Maquilho-me de fantasia colorida.
Está atento aos sinais.
Parto rumo ao limbo,
sem gargalhadas.
Dispo-me de vestes douradas.
Reflito o corpo no espelho
e imprimo-lhe
a cor do desejo.
Sem ter subido
todos os degraus,
tirei o tempo do pulso
e pousei nos teus lábios
sem órbita.
Se pisares a Lua
descobre-a cheia
pois assim a terás inteira
Os ais presos na garganta
são soltos
no libertar do corpo.
Aspiro os estilhados do que reflete
e rasgo as sombras.
Sem espelhos
a tua imagem
torna-se corpórea.
Com as mãos adelgaçadas
e agitadas
na calma noite,
entraste dentro de mim.
Ofereço-te a rosa dourada
com o perfume liquido
do sorriso das estrelas.
A poesia, ao fim e ao cabo, é sempre a maquilhagem, que cabe ao leitor tentar descodificar. Achei o poema bem formulado
ResponderEliminarAbraço
Mais um excelente poema. Estás imparábel.
ResponderEliminarAna, tem um bom resto de semana.
Beijinhos.
Errata: imparável
ResponderEliminarSou de Biana...