Canto o que a voz cala.
Estendo-te a asa
e faço de mim a tua casa.
A inspiração é tao carnal
que o que sobra é cadáver.
Nos lábios maduros
afloram palavras insípidas.
Cruas.
Entre os dentes
escapa o último gemido.
Comtempla tranquilo
a água que escorre entre as frinchas
das pedras frias e nuas.
Perde-se o calor da pele
mas o delírio da palavra
aguça o sentido.
Armadilha a boca.
Morde o lábio
para sufocar o inexprimível.
Não fiques à janela.
Torna-te desobediente.
Amarrota.
Rasga.
Observa as margens.
No final terás o corpo desenhado
em lençóis de linho e
a rosa será desfolhada por inteiro.
Gosto da sua poesia.
ResponderEliminarPor isso, vou passar por aqui muitas vezes.
Saudações poéticas.