sábado, 16 de julho de 2011

Repousa aqui



Repousa aqui bem perto dela
Repousa aqui onde nasce o fogo que nos queima
Repousa junto á parede onde nos encostamos os dois
Repousa com a Loucura bem colada a ti
Que deseja fazer de ti o seu servo mais dedicado
Repousa bem junto a estas chamas que deixam ver leve e brevemente
O contorno do corpo dessa loucura que deslindaste na tua mente
Com pincel de prata e tinta de fogo
Aproxima-te para repousar
Com a certeza que só conseguirás chegar à loucura
Se conseguires apagar o fogo
Que queima no corpo do ser que fantasiaste na tua mente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Palavras esquecidas


 


Essas palavras que nunca foram esquecidas
 
e que nunca foram ditas
ficaram para sempre esculpidas no peito de quem as sentiu.
Palavras que foram gravadas nas folhas de papel rasgadas
e ficaram abandonadas por aí.
Palavras que ficaram esculpidas na mente que a razão esqueceu….
Todas essas palavras omitidas, muitas vezes descabidas
aos ouvidos de quem as leu.
São as palavras que ficarão guardadas
e para sempre mergulhadas no rio que um dia as escondeu no leito
que num momento fugaz reflectiu o brilho do teu olhar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Com problemas de expressão




Não sou boa com as palavras.
 
As palavras são inúteis (ás vezes).
As palavras são traiçoeiras (ás vezes).
As palavras são tão banais (ás vezes)-
As palavras despem-nos completamente com a sua ausência
Ficamos por vezes com os sentimentos entalados na garganta
Com milhares de sentimentos trespassados no coração
Numa luta constante entre o racional e o emocional.
E quando mais necessitamos delas
Surge o emocional
E nesse momento para que servem as palavras?
Queremos dizer aquilo que sentimos
Queremos demonstrar o quanto gostamos das pessoas
E no momento em que temos a oportunidade de o dizer
O que sentimos , as recordações, as alegrias, as tristezas tudo ressurge
Deixando nos totalmente desertos de palavras
Simplesmente frágeis perante os outros
Sentimo-nos descontextualizados por não termos sido capazes de racionalizar
De termos deixado esse turbilhão de emoções vir à superfície
Porque afinal somos seres emocionais
Que por muito que queiramos ter o controlo das situações
Ficamos muitas vezes com problemas de expressão
Que nos deixa completamente desarmados e sem capacidade de dizer simplesmente
Gosto de ti, nunca te esqueças disso!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Procuro-te....em silêncio

E o silêncio reinou pois senti me despida de palavras para escrever….
 
Reinou o silencio pois foi isso que senti na ponta dos dedos quando não consegui escrever uma palavra que me satisfizesse.
A noite cai sozinha e eu sinto que tudo vai mudar aqui.
Tenho-te apenas por companhia, espero aqui por um raio de luz.
A noite traz a calma e eu procuro por entre as sombras o brilho do teu olhar que não encontro e que me sufoca com a sua ausência tão presente.
Não estás aqui simplesmente


Mas eu continuo a procurar-te por entre as brisas das noites quentes.

Procuro-te por entre as palavras que ouço na rádio que me fazem sonhar agarrada à “solidão” que se comprometeu em não me deixar sozinha.
Procuro te simplesmente no quarto vazio.

Procuro te simplesmente nas paredes caiadas.

Procuro te nas palavras que ficaram rasgadas na minha mente.
Procuro te porque é fácil desejar te,  e ( dificil) saber que me foges por entre os dedos.

Procuro te porque é fácil sentir te mas é difícil encontrar-te pois estás ao alcance de poucos.

Por isso continuarei a procurar te em silêncio.

sábado, 14 de maio de 2011

Eu tentei mas....



Eu tentei ser perfeita.
 
Tentei fazê-lo vezes e vezes sem conta
Procurei um motivo para ser igual à maioria.
Tentei ser diferente das vulgares
Queria ser o espelho da mulher que todos desejam admirar.
Queria ser essa mesma miragem difícil de alcançar mas fácil de ter por perto.
Não consegui.
Parti os espelhos, e deitei me sobre as palavras silenciosas
Pisei os vidros e cortei os desejos com uma lança
Gritei vezes e vezes sem conta
Mas soaram vozes mais altas que a minha
Não consegui ser o sol
Consegui ser a lua que se esconde vezes e vezes sem conta
Que está presente mas que nem sempre se vê.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Entre aspas


Entre "aspas" sou a espada  de dois gumes que fere e por vezes mata os pequenos "seres" a que se dá vulgarmente o nome de sentimentos.
Quando tento dialogar, faço com alguma frequência, monólogos em que os dois pontos o iniciam mas.... muitas vezes fico com um travessão de sentimentos que me trespassa o corpo e a alma e me deixa simplesmente sem palavras.
Deixo de saber o que dizer e por isso grito que não sou eu, colocando assim um ponto de interrogação na minha mente que me faz enumerar aquilo que sou, trespassando tudo isso  com virgulas.
Contudo, guardo num parêntices bem apertado tudo isso e partilho respeitando o limite da palavra  mas sem colocar nunca um ponto final naquilo que sou.

terça-feira, 12 de abril de 2011

São rosas, senhor



São rosas senhor, as que trago no regaço

Aquelas que colhi no jardim
Com a certeza que não se esquecerá de mim.
Ofereço  a beleza que reflete a essência do que sinto por si.
É uma beleza morta bem sei, aquela que lhe ofereço
Mas sei que me oferece mais do que aquilo que mereço
É pouco bem sei o que trago nas minhas mãos tão vazias de si
Mas tão cheias de fantasias e desejos.
É uma simples donzela que oferece rosas
Rosas com delicadeza
Rosas com beleza
Rosas que escondem a dor
São rosas o que lhe ofereço
Rosas em botão como se fossem beijos
Os espinhos como se fossem lembranças….
E o perfume como o afrodisíaco que povoa a mente dos inocentes.

sábado, 2 de abril de 2011

Pelos teus lindos olhos....


Pelos teus lindos olhos ofereço- te apenas as palavras que deslindas com o teu olhar
Ofereço-te o meu querer e aquilo que vejo,

E vislumbramos por entre o véu o vazio do silêncio.
E é isso que te ofereço hoje:

As palavras nunca ditas

As palavras nunca vistas

As palavras rasgadas que encontro pelo chão

aquelas que encontrei quando rasguei o nosso perdão

As palavras nunca ouvidas

As palavras mentidas por entre sorrisos rasgados

As palavras que foram ditas num olhar

As palavras que foram punhais

As palavras que deixaram tatuagens no corpo despido da escuridão

Que se cobre envergonhadamente com o véu

Que esconde a imperfeição

Daquilo que sou….

O silêncio das palavras gritadas num sussurro ao ouvido de quem as lê....

domingo, 20 de março de 2011

Seremos apenas nós



Aqui quem manda sou eu e tu terás de seguir as minhas regras.
 
Farás aquilo que quero e talvez tenhas aquilo que desejas.
Pode ser que vás ao céu mas não significa que estejas no meu.
Podes ver me o corpo, podes ver-me
Mas não significa que seja tua.
Não me venhas com palavras ternas, com palavras corrompidas pelo vento
Não as quero ouvir da tua boca
Quero apenas dar asas aos teus desejos encobertos pelos teus olhos
Hoje seremos apenas nós: o sol e a lua.…

terça-feira, 8 de março de 2011

Esse desejo de te encontrar....



Este desejo de te encontrar em mim
 
De te agarrar e de te puxar para junto de mim
De seguir sempre os teus passos
De seguir sempre o brilho do teu olhar
Esse desejo que é silencioso mas que é insuportável
Tão insuportável como os ecos da tua presença
Que paira por aí, dando ares da sua graça
E que me faz odiar-te mas que me faz querer te porque
a minha vida existe porque existes tu.
Não sei a razão nem o porquê
De querer te junto a mim
Mas a verdade é que essa vontade de te encontrar em mim
Tem me feito gastar as palavras que não são suficientes
Para dizer o quanto te acho insuportavelmente frio para mim
Mas é essa tua indiferença me faz divagar
Pelos ecos do silêncio da tua ausência
Que não suporto….

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Se tu quiseres...........




 
Se tu quiseres entrego-me à tentação
 
Rendo me completamente ao poder do varão
Limito-me a rodopiar
Sobre o varão para ir ao paraíso
Rodopio sobre ele e faço-te perder o juízo.
Rodopio entregue a uma simples ilusão
Entregar me a ti num momento de paixão
E num momento cego
Em que ninguém nos vê
Enroscamos nos os dois
No altar do prazer
Sabemos apenas que ninguém irá esquecer
O momento em que o varão serviu
Para rodopiar nas malhas do desejo
Por isso eu deixo
Que me ames esta noite.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na tela



Com pequenos traços
Vou rasurando a minha vida
Tão concreta e (in) definida
Como outra coisa qualquer.
Num papel tão marcado
Aposto num novo material
Numa nova obra que com pinceladas de cor
Espero colorir
Nessa nova tela em que espero inscrever-me nela
Vou apostar em cores frias que transmitem a calma e perpetuam a distância.
E quando amanhecer espero que as cores que por baixo das frias escondi
Transmitam um novo equilíbrio
E com pequenos retoques de outros
Ressurja uma nova obra que transmita a essência de almas
Que deixaram a sua marca na tela da Vida
Que um dia não teve cor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Porque às vezes não tens razão….



Porque qualquer pessoa pode matar.

Sabes que tu es tudo menos racional.
Não te importas que te chamem de louco (a)
Pois para ti “ela” é apenas um véu do qual não necessitas
E que quando gritas
São apenas os ecos da tua mente
Que ecoam no silêncio
Esculpido pela razão
Que acabou gritando mais alto e te encobriu.
Encobriu a face oculta que por devaneio ou em momentos de grande dor
Surge revelando a verdadeira essência do ser.
Revelam-se os instintos
Revelam-se as vontades que são apenas as verdades daquilo que és.
O que apenas faz sentido é libertar mesmo que para isso se tenha de usar punhais.
E algo mais que não usarias se estivesses naturalmente racional.
Por que a cobrimos?
Vergonha, necessidade, medo
Se por vezes não vale a pena descobrir
Outras é preferível revelar pois a não revelação pode resultar
Na destruição do ser e dos que o rodeiam.
Porque qualquer pessoa pode matar

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aquele espirito

O espirito desvaneceu-se
Desapareceu simplesmente
As pessoas já nao sentem
Querem apenas dar presentes
Passeiam pelas montras
Olham para os enfeites de natal
Procuram presentes vistosos
Para nao ficarem mal
Os presentes embrulhados
Parecem ter muita riqueza
Mas a verdade é que quando se olha à volta
Se vê muita pobreza
O que interessa sao as aparencias
E com desculpas todos querem ficar bem
E fazer boa figura
E ninguem quer saber quem nasceu em Belém
Quem nasceu ja nao importa
Agora há uma figura mais importante
O seu nome é Pai Natal
E parece que comeu bastante
Toda a gente o adora
Desde os adultos ás crianças
Faz sorrir os mais novos
Dá aos mais velhos uma nova esperança
Nesta altura do ano
os valores mais nobres passam a ser mais importantes
Só é pena que durem durante um mês
E sejam esquecidos nos meses restantes.
Valorizar o que sentimos
Valorizar as boas acções
É mais importante do que uma grande viagem
Ou grandes carrões
Esqueçam as aparências
Aprendam a viver em sociedade
Esqueçam o que é banal
Valorizem o amor, a amizade.
Sejam felizes e estendam o Natal ao resto do ano.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Porque eu quero ver



Seduz-me olhar-te.
Inspira-me descobrir-te.
Olhar e sentir-te.
Percorrer o teu corpo (textual) e despir te para descobrir o sentido.
Gosto de sentir as tuas curvas sensiveis ao toque da caneta.
Gosto de sentir-te e com comtemplaçoes de autoria analisar-te criticamente com argumentos válidos.
Admiro te pois tornaste te senhor de mim e dominas me racionalmente.
Fazes me pensar duas vezes e olhar de uma forma cientificamente correcta.
Porque afinal a construçao  racional faz se com base no que existe pois quem não sabe é como quem não vê...
E eu.....quero ver BEM e MELHOR!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que me roubarias?



O que me roubarias?
O sol para me dares a lua?
Um beijo para dizeres que o conseguiste?
Um abraço para me aconchegares?
A razão para me fazeres perder o sentido?
A solidão para depois sentir ainda mais as tuas ausências?
Os sorrisos para chorar por ti?
Noites frias para fazer de ti o meu calor?
Sorrisos para depois me dares lágrimas?
Afinal, o que me roubarias?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fecha os olhos



Onde podes ser quem tu quiseres
 
Entras no mundo dos prazeres
À procura das fantasias
Que não encontras nos teus dias
Simplesmente rotineiros
Mergulhados em conceitos e baseados na razão.
Entras no novo mundo que não existe na tua realidade
E deixas para trás o poder da ilusão
Fazes da fantasia a tua realidade
Que existe na tua mente
Mas fecharás a porta desse mundo
Quando abrires ao amanhecer
As janelas do teu corpo: o teu olhar.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Jogamos?



Jogamos algo apenas conhecido de nós
Agarramos no que temos e fazemo-lo quando estamos sós.
Envolvida no véu a cobrir o que é meu
Queres descobrir o que tenho para dizeres que é teu.
Jogamos à cabra-cega e ficas de olhos vendados
Tentas percorrer caminhos que sempre te foram vedados.
Percorres os vales e os rios
Procurando à fonte chegar
Mas tu não sabes o que irás encontrar.
Reina apenas a escuridão
Mas nada está perdido
Tentas na mesma entrar no jardim
E comer o fruto proibido.
Começa a nevar sobre nós e sentimos o prazer verdadeiro
Pois não se sente o frio pois o gelo começa a derreter
São as chamas do desejo que o fazem aquecer.
E é nessa água, aquecida por nós, que mergulhamos
De uma forma atroz
E que revela a verdadeira natureza:
Muitas vezes cegos pelo desejo não vemos a beleza.

domingo, 26 de setembro de 2010

Preciso de ti


Preciso de ti
Repito essa frase na minha mente silenciosa.
Preciso de ti
Ouvir a tua voz para saber que estás aí.
Preciso de ti
Que pares o teu relógio e que me ouças apenas.
Preciso de ti
Amor frio para não aquecer demasiado o coração.
Preciso de ti
De punhais para cortar as amarras .
Preciso de ti
De luz quando a sombra ultrapassa o ser.
Preciso de ti
De gritar para o silencio para me fazer ouvir.
Preciso de ti
Repito essa frase na minha mente silenciosa.
Preciso de ti
Amor frio para não aquecer demasiado o coração.
Preciso de ti
De punhais para cortar as amarras.
Preciso de ti
Um toque nos lábios com sabor inesquecível.
Preciso de ti
Desejar o que não tenho ansiando mais.
Preciso de ti
Dar as mãos vazias para preenche-las com quase tudo.
Preciso de ti
Das carícias da brisa despida desejando que um dia sejam vestidas de sentido.
Preciso de ti
Tempo para existir .
Preciso de ti quando acho que não preciso de nada

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"A Vida" : um espectáculo a não perder

Nem sempre somos protagonistas mas isso nao faz de nós menos importantes mas sim seres autênticos
Ás vezes as luzes da ribalta podem provocar cegueira.



Bem-vindos a este espectáculo que estará em cena a partir do momento em que o desejarem ver, ou seja, 365 ou 366 dias por ano de dia e de noite.

Os bilhetes adquirem-se nos locais habituais: na maternidade. O pagamento dos bilhetes pode ser efectuado de diversas formas de acordo com as necessidades do espectador: em dinheiro se o mesmo esperar a satisfação de interesses imediatos. Se o pagamento for feito em géneros sentimentais como amor, amizade, ódio ou outro receberá sempre troco.

Não há limites de idade para ver este espectáculo mas claro que em certos momentos que se aconselha que esteja junto a pessoas da sua confiança ou de quem goste porque há certas cenas demasiado emotivas.

Trata-se de um espectáculo de variedades: comedia, tragédia, suspense, enfim um espectáculo pautado pelo imprevisível.

Os lugares para o espectáculo estarão disponíveis e são escolhidos pelo espectador de acordo com a perspectiva que desejarem ter deste espectáculo. Assim sendo, poderá optar por assistir de um camarote e usufruir confortavelmente das alegrias, tristezas de outrem. Pagará um imposto se não deixar a cadeira em algum momento.

Os espectadores poderão também usufruir dos prazeres mas lembre-se que a sala não deve ficar suja. Se tal acontecer ficará responsável pela sua limpeza.

Evite importunar de forma inadequada mas se o fizer deverá tentar remediar a situação para que o espectáculo não fique em suspenso.

Independentemente do seu papel inicial neste espectáculo (quer seja espectador ou actor) a qualquer momento pode optar por mudar de posição, podendo em algumas circunstâncias tornar-se um actor como qualquer outro. Inevitavelmente tal mudança poderá ser benéfica ou não, pois tal exige uma adaptação a essa nova posição e não ensaios.

A única exigência é que partilhe o espectáculo com quem mais gosta mas se ficar junto de alguém menos apreciável para si, tente conhecer essa pessoa mas se tal não for possível, limite-se a mudar de lugar.

Mas não só de espectadores é feito o espectáculo mas também de actores.

Teremos com certeza grandes personagens que tudo farão para destacar as suas qualidades e /ou defeitos. Claro que não há actores insubstituíveis mas marcados pela sua autenticidade ou naturalidade. Reconhecemos que poderão não agradar a todos mas aceitam-se sugestões.

Outros actores aceitarão ser sempre protagonistas e nunca espectadores mas não nos devemos esquecer que as luzes do palco também pode cegar evitando ver aos protagonistas quem os rodeia. É um dos inconvenientes de se ser o centro do espectáculo.

Teremos também actores que optarão por ser personagens secundárias, tentando à sua maneira dar de si mas sem demasiado protagonismo.

Os figurantes serão os que se limitarão a fazer o que lhes mandam.

Outros técnicos que se encontram atrás das cortinas, por medo ou por acharem simplesmente que não necessitam de protagonismo ou de acharem que não são talhados para aparecer no palco, são igualmente importantes para a manutenção do espectáculo. Estes procuram apenas fazer o seu trabalho mas claro que sem lhes nada disto seria possível.

A meio do espectáculo poderão surgir alguns actores alpinistas que procurarão sempre o apoio de outros para desempenharem o seu papel e poderem chegar ao topo.

Os mímicos também estarão presentes e limitar-se-ão a imitar os outros procurando de alguma forma gozar com eles ou salientar algum aspecto menos visível a olho nu.

Ao longo do espectáculo terá a oportunidade de conhecer os bons e os maus da fita mas nem todos os que aprecem bons o são e cabe ao espectador e a outros intervenientes descobri-los. E dar um desfecho diferente a essas personagens.

Mas lembre-se que nem sempre o espectáculo poderá ter um final feliz ou o desejado.

Independentemente e ser actor ou espectador, quando achar conveniente abandonar definitivamente a sala será reembolsado com pena e tristeza mas com um ponto de esperança que será valido enquanto permanecer nas imediações do edifício onde decorre o espectáculo. Se aí permanecer, poderá a qualquer momento voltar à sala, não sendo por isso, prejudicado.

Os actores serão substituídos, os espectadores deixarão um lugar vazio que poderá ser preenchido mas o espectáculo ganhará um novo rumo e nada será como antes.

Independentemente do que aconteça e das mudanças que ocorram, reconhecemos a importância de todos estes participantes mas claro que é de si que precisamos para que este espectáculo fique mais enriquecido por isso…… apareça.

domingo, 22 de agosto de 2010

Fazes sentir mas fazes perder o sentido

Um sentimento intemporal que nunca perderá o sentido




Amor se assim te posso chamar

Mais do que tudo existes

Ou talvez sejas uma ilusão que

Reúne todas as emoções.



És tudo e não és nada…



Foges de tudo e refugias-te

Onde menos se espera;

Gritas por alguém

Oculto nas sombras sentimentais.



Quando apareces, numa

Unica vez constróis

E destróis tudo.



Agora sei que existes, porque um dia

Reuniste em mim todas as alegrias

De uma adolescente apaixonada

E perdida nas loucuras do amor



Sei que não sou nada perto de ti

E que tu podes ser e ter tudo o que quiseres

Mesmo que seja de uma forma cruel.



Sem ti não podemos viver

E gritámos por ti quando precisámos de



Viver algo mais que uma simples alegria, pois tu és

E sempre serás a tristeza num sorriso e a alegria numa lágrima,

Reunidos numa só emoção que és tu: Amor.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pediste-me e eu despi-me.........



Pediste-me que me despisse e eu despi-me de preconceitos e escrevi.

Pediste-me um momento e eu dei-te o tempo todo do mundo. Deixei que o tempo passasse e procurei uma roupa adequada para que me pudesse cobrir.
Abri o armário meu mundo e optei por um vestido de palavras não demasiado simples mas também não muito extravagante. Gostei do estilo discreto mas sedutor com uma linha romântica mas de inspiração racional.
Tinha cores variadas: desde branco que me fazia sentir paz, vermelho que me fazia sentir paixão, verde que me fazia sentir esperança, o azul que me fazia sentir calma, preto quando me sentia mais triste, o amarelo quando necessitava de calor. Com estas cores sentimentais pintei as palavras procurando assim dar-lhes mais vida e sentido.
Com cor e sentimento enverguei esse vestido porque este não teria qualquer valor se estivesse no armário.
A verdade é que nunca o usei porque tinha medos que não gostassem das minhas curvas literárias.
Hoje, visto me assim cobrindo me com um véu de mistério que oculta em parte a essência mas que mostra o essencial.
Agora não me dispo porque as palavras estão entranhadas na pele. Se as apagar as marcas ficarão lá porque ninguém pode apagar a beleza das palavras. Enquanto elas forem belas para alguém então vale a pena continuar de vestido.
Tudo porque se a obra for boa, esta permanecerá gravada para sempre na alma de quem a segue mesmo que o artista morra.
Por isso, nas passerelles literárias vou continuar a desfilar enquanto sentir que vale a pena.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fotografa-me a alma que eu deixo

A beleza está nos olhos de quem a ve



Fotografa-me a alma que eu deixo.

Dou-te permissão para que, com a maquina que “captura” as pessoas, também o faça comigo. Não faz mal que fique presa eternamente e que ne ofusque a luz.

Deixo que me envolvas com ela e me descubras por entre os feixes de sombra que a luz não consegue afastar.

Dou-te apenas permissão para que me fotografes a alma e não o que é visível porque o que vês perece mas a alma é imortal.

Fotografa mas não lhe juntes artifícios. Limita-te apenas a retratar a naturalidade que ela possui. Mostra o que merece ser visto.

Captura e revela a beleza da alma porque ela está nos olhos de quem a vê, mas será que tu consegues vê-la?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Será que me apanhas?




Será que me apanhas?

Será que apanhas este ser que se movimenta por aí?

Não pois não?

Nãao apanhas porque simplesmente baseaste tudo aquilo que sabes simplesmente naquilo que vês.

Vês e não entendes, sentes e não sabes a razão…..

Dizes palavras incompreensíveis para os ouvintes mais atentos

Ninguem te diz nada porque ninguém compreende o que falas…

Não me apanhas

Não me apanhas nas armadilhas sentimentais

Não me apanhas a chorar uma vez mais

Não…..

Vi uma luz no meu espírito e deixei ficar

Deixei ficar a luz do sorriso dos que me rodeiam

Das crianças que fazem parte da minha vida

Dos sentimentos que lhes suscitei e que me fizeram sentir viva

Agora já não interessa que as vozes sejam apenas o silêncio

Não faz mal……

Quem quiser mais

 Terá de me apanhar

E para me apanhar terá de seguir o rasto de uma alma muitas vezes solitária

Mas que sente como qualquer outra