Foto: José Lobato
O desejo de tocar-te
faz-me sentir fome.
Nada ocorreu.
Ninguém morreu.
Apenas uma substância
escorre
pela garganta funda.
Coagula-me o pensamento.
Deixo o corpo à solta.
Há a dor de ver a luz.
Ficamos afastados do chão.
Estamos em cima do colchão.
Há o apetite das coisas
que não se veem.
Ejaculo palavras inaudíveis
para os ausentes
mas sem erros.
Quero provocar-te um orgasmo
na descontração
do espaço (jamais) vazio.
Escreve-me com a língua.
Depois coloca tudo num
parênteses:
o abraço à volta do corpo.
Elevas-te do fundo de mim.
Afinal um homem não
é de ferro.
O erotismo à flor da pele...
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Fantástico! Uma arrebatadora sensualidade, em estado puro, brota das tuas palavras!
ResponderEliminarMaravilha! Já tinha saudades de passar por aqui... mas culpa minha! Estou num local com net limitada... e as visitas aos blogues ressentem-se um pouco... mas é só por mais alguns dias...
Beijinho! Boa semana!
Ana
Bombástico. Não me canso de ler as tuas letras descomportadas
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