Foto: Ruslan Lobanov
Aterro na cama
e não sou um avião.
Deixo a minha consciência
debaixo do colchão.
O corpo olha-te
de lado,
vivo,
afogado na fantasia
diluída na pele.
Trazes a faca
para me esfaqueares.
Cortas-me a cabeça.
Não penso.
Cerra-me os lábios
Com a língua.
Leva as palavras duras
para a rua.
Atira o meu coração
pela janela.
Deixa lá o peso das estrelas.
Habita ,
mortal,
o reverso do que
há em mim.
Queres voar?
Mais um trabalho excepcional... que nos chega bem ao reverso de nós... as tuas palavras têm sempre uma força incrível!
ResponderEliminarAdorei! Beijinhos!
Boa semana!
Ana
Para quê as asas se podes aterrar na cama? Há o fascínio do voo, eu sei... O teu poema tem um imaginário a que já me habituei e que acho invulgar.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.