A janela abre-se sobre a rua
e antes da nudez consomada
já me vês nua.
Posso fazer algo por ti?
Pisa-me que eu deixo
que faças as tuas marcas.
É uma batalha perdida.
Tenho a mão na faca.
Posso fazer algo por ti?
A carne dissolvida
na saliva.
Não o calo
e não dorme o falo.
Selo de joelhos a intimidade.
Posso fazer algo por ti?
Respiro para que não doa.
Onde acaba a roupa e
começa a pele,
para pontos mais altos
e buracos mortíferos,
algo nos impele.
Posso fazer algo por ti?
Receio como tu
o mutismo.
Não quero agarrar estrelas cadentes.
Não tenho esse desejo.
Posso fazer algo por ti?
A poesia não tem grades
mas doem-me as costas.
Mas, posso fazer algo por ti?
Mais uma vez, um trabalho de leitura imparável, apaixonante e arrebatador! Parabéns! Adorei!
ResponderEliminarBeijinho! Boa semana!
Ana
Um imaginário muito sensual. A paixão como forma concreta da poesia. Muito belo.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Uau....pedaços de frases de fazer calar! Adorável erotismo
ResponderEliminarPosso fazer algo por ti?
ResponderEliminarSim... mas é inconfessável...
Um beijo!