Foto: Stefan Gesell
Está tudo fora.
Eu envidraçada.
Não há aves no céu.
Estão presas do outro lado
da janela.
Roubei-lhes a melodia
e aprisionei-as
nos ouvidos.
Embalei-me nas notas
e compassos.
Esqueci a fome.
Fiz ponto de embraiagem.
Fugi de mim.
Não é possível
suportar a minha alma gémea.
Procurei o ponto de incisão.
Cheguei ao ponto de saturação.
Cortei os veios.
Nada fiz para reter o interior.
É o que conta.
Lubrifiquei o caminho.
O destino é o lugar
onde o medo não cabe.
(Re)nasci no desejo
das horas mortas.
Agora,
guarda para ti o que viste
aqui.
É uma loucura.
São memórias arriscadas.
Por isso,
segura-te
contra todos os riscos.
Ana...
ResponderEliminarE da tua alma brotam palavras melodiosas...
Por vezes é preciso fugirmos de nós mesmo...
Bjo e continuação de um bom fim de semana
"Contra todos os riscos" molda-se na voz uma fuga permanente...
ResponderEliminarUm belo poema.
Beijo.
Um belíssimo poema
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
"O destino é o lugar onde o medo não cabe."
ResponderEliminarUm poema muito inspirado e grande reflexão.
Gostei muito.
Beijinho.
Às vezes perguntava-me: a alma gémea está em nós ou é o outro?...
ResponderEliminarE se é o outro, será o outro em nós?
Tu já o descobriste...
Um beijo
Renascer... para viver de novo... às vezes, é preciso!...
ResponderEliminarE tornamo-nos mais fortes... à prova de qualquer risco...
Belíssimo poema! Leve e contudo, profundo...
Beijinhos! bom fim de semana!
Ana
O renascimento para uma nova vida onde a alma tem nova oportunidade. Parabéns pela criação poética.
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