Vem sentar-te comigo no CCB.
Não sou dama.
Não sou rainha.
As cartas que deixo
não são de amor.
Apenas gosto de jogar.
Não tenho ouro
para te entregar.
Vem sentar-te comigo no CCB.
A cama é a mesma.
Apenas tem lençóis lavados
dos corpos suados.
Na frincha da porta
há gritos de fogo
diluídos.
Vem sentar-te comigo no CCB.
Não sei as horas.
Gosto mais de quartos
embora deixe as meias
pelo chão,
mãos alheias que piso.
Preciso apenas de segundos
para te conhecer ao minuto.
Vem sentar-te comigo no CCB.
Mesmo de vestido,
seja ele comprido,
adivinhas as curvas da vontade
na nudez hibernada.
Vem sentar-te comigo no CCB.
Deixo as coxas apertadas
Para que não deixe escapar nada.
Consomes a minha timidez
e deixo as portas se abram de vez.
Vem sentar-te comigo no CCB.
Cultiva-te.
Tudo recomeça.
Sem pressa.
Não falaremos latim.
Dizem que é uma língua morta.
Aqui não será assim.
Vem sentar-te comigo no CCB.
Prometo deixar-te tocar-me nas costas
e deixar-te dançar com
a nudez que não está à mostra.
Vem sentar-te comigo
no CCB.
Parabéns pelos belos versos de amor...
ResponderEliminarUm belo, sensual e insinuante poema...
ResponderEliminarDe leitura deliciosa, como sempre...
Adorei! Beijinhos
Bom fim de semana
Ana