Tenho o teu silêncio
preso na chama(da)
caída no meu ouvido.
Nunca te liguei.
Desconheces a minha morada
por isso,
a caixa de correio
nunca trouxe Amor
rabiscado numa folha.
Seria um Amor registado
com aviso de receção.
Seria um envelope selado
com o teu cheiro a mofo.
Estaria de mãos abertas
para te desvendar.
Nada disto seria ridículo.
Com sentimentos esdrúxulos,
com palavras agudas,
prenderias o meu coração
com a corda da possessão
em todos os espaços
da imaginação.
Nada disto seria ridículo.
Iria passar os dedos na tinta
e folhear-te,
e isso iria deixar-me faminta
de ti.
Todas as Palavras
seriam beijos
nos lábios.
Nada disto seria ridículo.
É raro ver química
em pedaços de matéria.
Hoje fecho a gaveta
onde tenho as folhas brancas
com as palavras que
nunca me disseste.
Isso sim.
É ridículo.
O silêncio também fala.
ResponderEliminarbjokas =)
Gostei muito do poema.
ResponderEliminarBeijos.
uma bela cascata de imagens poéticas
ResponderEliminargostei do poema
Gostei imenso deste teu poema, é magnífico.
ResponderEliminarBoa semana, querida amiga Ana.
Beijo.
Lindo poema. Desejo a você uma bela tardinha inspiradora
ResponderEliminarComo é belo estes versos tristes!
ResponderEliminarAbraços, Ana!
Há silêncios que falam...
ResponderEliminarE há silêncios... que mostram que nada se tem para dizer...
De alguma forma... acabamos por diferenciá-los... mesmo quando os segundos, também são dolorosos... de se fazer ouvir, sentir...
Lindo, o poema!
Bjs
Ana
Ana,
ResponderEliminarDe poema em poema, vou descendo pelo blogue.
Da ironia passo para o que parece ser ridículo porque não se passou " os dedos na tinta
e folhear-te" - bonito.
bj amg e tem um bom fds