domingo, 7 de dezembro de 2014

Descansa em Paz


 

Fico com a cabeça nas nuvens.

Cheguei à Lua.

É uma loucura

pensar que, quando se ama

se é pioneiro.

Que nada será melhor que o primeiro.

Somos apenas “espaciais”.

 

Preciso de uma pausa.

Ponto final

Assim se termina algo

antes de começar.

 

Oculto as falas

no discurso indireto.

Nada tenho para dizer.

Vou escrever.

 

Vou inventar um Amor.

Um corpo sem ser gente.

Fecho os olhos.

Aprisiono-te nos meus sonhos.

Cortas o frio quando te dispo.

 

Faço luto.

A minha escrita é negra.

não tenho caneta azul.

Há um rigor (quase) mortal.

A palavra está no horizontal.

Temos de velá-la.

Silêncio.

 

Caminho no túnel de Palavras

tuas

que me engolem.

Aflora no final o verso submerso.

Na homenagem desato cinto branco

que guardo no meu peito.

Assim me deito em ti

e acendo a chama da Inspiração.
 
 

Deixo-te uma rosa

na palma da tua mão.

Foste tu que libertaste as fantasias

nos ecos da Solidão.

Descansa em Paz

na gaveta dos meus sonhos.

3 comentários:

  1. ....
    deem-me um muito longe que não arda

    Emanuel Jorge Botelho

    abç

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  2. Lindo!!!

    Beijinhos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Inevitável não se entregar às imagens provocadas pelos versos! =)

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