Inclina-te
e fecha os olhos
para o Amor.
Não é preciso ver
o que vai acontecer.
Ele é cego,
já devias saber.
Morde-me os lábios,
a curva do desejo.
Faz isso com jeitinho.
Corta a direito
pois tens de desfazê-la
com carinho.
É preciso usar o sentido
para te ligares
ao Amor.
Gosto.
Sabor:
Amargo?
Ácido?
Salgado?
És simplesmente o doce
aperitivo para o meu
pecado.
Temo o que me vais
dizer.
Não digas.
Não quero saber.
Mas não feches a boca.
Pode ser?
Não engulas em seco.
Podes-te engasgar.
Rasga as águas
com o teu suave ondular.
Usa a língua para me
falar.
Deixo-me engolir
pelas palavras que não
dizes.
Apeteces-me.
Tenho fome de ti.
Na madrugada húmida,
penetras nos espaços
e ejaculas o teu beijo
no “céu”,
meu e teu.
Prendes-me de uma forma
gustativa a ti.
O beijo é a voz
sem cordas vocais.
Apeteces-me.
Tenho fome de ti.
Devora-me.
Não sou o capuchinho
vermelho.
Tu não és o lobo mau.
Apenas ando a caminhar
na floresta da fantasia
que espelho no mundo da
Poesia.
Cega-te.
Beija-me.
Devora-me
com a tua língua
portuguesa.
O beijo. O mergulho escorpionico em nós.
ResponderEliminarMaravilhoso!! Amei
ResponderEliminarBeijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Lindo seu trabalho fiquei encantado, tenho a mania de quando estou aborrecido comigo mesmo sair lendo ou buscando a poesia, a sua me encantou.
ResponderEliminarE me acalmou.
Jorge
Achei o seu trabalho, lapidado, não me dou ao trabalho nem de ler o texto mais que duas vezes, o seu não, as reentrâncias se encaixam com perfeição, vc esta de parabéns, vou colocar me ti seguindo para sempre que precisar vir por aqui.ti ler, uma boa noite.
ResponderEliminarJorge.
Que delícia de leitura. Li com um sorriso nos lábios! Bravo!!!
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