Foto. Regard sur Image (página do Facebook)
Recolho-me na concha
e desabrocho na
ondulação do vento.
Estende o braço.
Abre a mão.
Quero tocar
no oculto da tua roupa.
Trago compassos
que vou abrir
ao alargar o nosso
espaço.
Simples raio.
Espaço circular onde,
quando abro os braços
e posso rodopiar.
Puxa-me para ti.
Estás livre.
Solta-me a mão.
Eleva-me do chão.
Posso voar
e rasgar o ar.
Andamos às voltas
para manter acesa a
fogueira.
É preciso oxigenar o
Amor pois
há fortes riscos de morrer
de apneia.
Respira na página
quando te dou corda.
Deixo que a língua fale
em silêncio.
É assim que o Amor
acorda
sem Solidão.
Anoitece
e dançamos em Sol menor.
Sem dó
Lá num espaço encantado.
Quebra-se o gelo.
Recolhe as estrelas do
meu cabelo.
vamos pelas ruas
adentro.
Nos reencontraremos,
quando dobrarmos a esquina clara
do desejo que cai no
pano
virgem.
Nada receies.
Estarei cá para o ano.