sábado, 29 de dezembro de 2012

É segredo


Meu amor, meu amante
Conto-te um segredo que nunca ninguém ouviu:
Já fui cisne, já fui musa, já fui de gelo, já fui nada
E como Fénix renasci.
Hoje sou feita de sonhos
E como donzela, me deleito a teus olhos
Oferecendo-te rosas brancas. 

Nessa necessidade do toque, que me inflama.
E do teu corpo saudosa,
no espaço e no tempo
Me lanço ansiosa
no noturno movimento. 

Ao bater das horas, no correr da noite,
Sinto o gemer da agonia de não te ver chegar.
Chegas no final do tempo.
Sinto na boca o sangue a latejar
Nessa necessidade infernal de te querer beijar.
Esses beijos profundos
como os espinhos que se cravam na pele,
dessas rosas que te trago,
Mas sedosos como o mel.
São eles que me colocam entre a espada e a parede
E a minha pele pálida e frágil
Se rasga perante ti
Quando as rosas me arrancas.
E o meu corpo, em trevas infernais,
traz esses beijos de volúpia
e cravo, felinamente, no teu peito como garras,
os meus dedos,
para que não fiques longe de mim. 

1 comentário:

  1. Boa noite! Já sigo o seu blog há algum tempo e agora gostava de partilhar o meu. http://umbrindeafrustracaodacondicaohumana.blogspot.pt/
    visite e deixe a sua opinião :)

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