terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Se morresse

Se morresse
ninguém daria por isso.
Seria mais um corpo frio e inerte
Mais uns grãos de pó
Na escuridão
Na sombra dos dias que não conheço
Se morresse

Seria uma gota de chuva
Que incomoda o simples cair
Mas que faz as flores desabrochar.

Se morresse
Seria uma brisa leve
que veio e passou.
Seria o cair da neve
A onda que vai e volta.
Se morresse
Seria a folha de Outono
Leve e frágil.
Seria o silêncio dos teus passos
O som do cair da lágrima.
Se morresse
Seria um simples raio de luz ténue
Na dança de sombra e luz
Num crepúsculo de Inverno.
 

Seria nada e tudo.
Nada que se possa tocar
Tudo o que se possa sentir.

1 comentário:

  1. Eu daria pela tua falta... Mas ainda bem que o "se" impede muita coisa...

    Embora triste, gostei muito do teu poema. É magnífico.

    Minha querida amiga, tem um bom fim de semana e um Bom Natal, extensivo aos que te são mais queridos.

    Beijo.

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