Foto: Joana Lora
P.S. Começa
a viver pelo final.
O que interessa
é o que escreverei depois.
Não agora.
Lê esta
carta escrita para ninguém.
Eu não sei
nada de nada.
Tenho um
desejo doido
de gritar
no quarto,
na cozinha
ou na sala
de estar.
Fora da
porta
ocorrem
terramotos
que remexem
o que está soterrado.
Anda tudo
desatento.
No final
apenas os fantasmas
Morrerão de
esgotamento.
Há o laço
na raiz.
Sento-me no
chão
e a saia
escorrega.
Converso
com o mendigo.
Nada lhe
peço.
Ele dá-me
um beijo mordido.
Na terra
virgem
há segredos
que se escondem
nas lagoas
dos olhos.
Molho os
pés no mar.
Vem a onda.
Abro o
corpo
para a
espuma branca.
O grito
provoca o espasmo.
Não era de
frio.
Era apenas
um orgasmo:
uma fugaz
eternidade.
P.S. O melhor vem sempre no fim.
E quando o fim se eterniza...
ResponderEliminarUm beijo
Impossível não gostar...
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Um belo poema, cheio de sensualidade e paixão... Muito bom.. Um bj
ResponderEliminarDo melhor... é o que eu sempre acho, da forma autêntica como escreves...
ResponderEliminarBeijinho
Ana