sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Silenciosa



Triste silenciosa
 
Com olhos de ausência

Voz triste e lenta

De ti outras coisas ocultas emergem.

Palavras misteriosas e enraizadas em ti

E que invadem as muralhas de papelão

Dilacerando-as na fuga.

Louca silenciosa.

Solidão que prevalece

Onde existem furacões de sonhos

De tudo e coisa nenhuma.

Vozes roucas e suplicantes

Que te fazem fechar os olhos

Por breves instantes

Quando a noite se expande.

Silenciosa!

Com o peito rasgado por essa ansiedade

que não compreendes

Passeias com ele bem aberto

Estando o caminho deserto

E o orvalho cai sobre as rosas.

E assim amas em silêncio.
 

1 comentário:

  1. Encantada! A solidão descrita com tanta beleza poética que chegeui a desejar um pouco de solidão.

    ResponderEliminar