Foto: Sebastian Faena
O vento empurra-te para mim.
Deixo cair os caracóis,
lentamente,
pelas costas.
A língua desloca-se
isolando os gritos
dos olhos fechados.
“O vestido é indecente….”
(as árvores despem-se
no Outono)
(…) “devias tirá-lo”.
E tudo cai
e se mantem firme.
A terra está orvalhada
e o corpo com impulso.
Pássaros chegam
e pousam nas ancas
e fazem o ninho entre
as pernas.
Esvoaçam.
Agitam a vida
desvendando os mistérios
do corpo,
abrindo as flores
de abril.
Tens o dom da escrita e nela deixas todos os teus sentidos...Um belo poema, é sempre um prazer ler-te, abraço
ResponderEliminarJá tinha saudades, de ler estes textos poderosos... sem medo das palavras...
ResponderEliminarAdorei! Beijinho
Ana