Foto: John Borg
Nunca soube olhar
para o espelho.
O reflexo nunca
foi nada de bom.
Nunca dei nada de mão beijada.
Afinal não devemos levar
algo dado
mas trazer algo novo.
À primeira vista
nada se ama
porque tudo surge
do que se provoca.
Não do que se vê
mas do que se toca.
Simplesmente o olhar,
nitidamente,
pode devorar-te
a carne.
Ficam vagas de silêncio
no corpo agitado.
Transpiro gritos
nas veias palpitantes.
Mantenho o corpo
à tona
mesmo que o fio da navalha
possa rasgar o ar
que respiro.
O que se passa por dentro,
ninguém vê.
Todos sangramos.
Estamos vivos!
Somos seres ocultos
pela máscara de pele
que vestimos.
Um dos seus melhores poemas, penso eu.
ResponderEliminarBem construído e com uma série de conceitos interessantes.
Parabéns pelo talento poético que as suas palavras revelam.
Ana, tenha uma boa semana.
Abraço.
Tão verdade!... "Somos seres ocultos pela máscara de pele que vestimos"...
ResponderEliminarAdorei este texto, da primeira, à ultima palavra!
Num tom forte, marcante, avassalador... e uma belíssima escolha de imagem, como suporte!
Excelente postagem!!!!
Beijinhos! Boa semana!
Ana
"O que se passa por dentro,
ResponderEliminarninguém vê.
Todos sangramos.
Estamos vivos!
Um excelente poema!
Beijo.
Verdade nos dois lados do cais
ResponderEliminarUma máscara que se molda e cresce connosco.
ResponderEliminarBeijinhos
Quem sou eu sem a minha máscara.
ResponderEliminarclap! clap! clap!
Ma-ra-vi-lho-so.
poesia tensa e vibrante. como cordas de um violino afinado.
ResponderEliminargosto muito
beijo
a máscara que mais usamos é a que encobre nossa dor.
ResponderEliminarBeijos no coração, Ana!