Acordei e olhei para o espelho
Vi um rosto velho
E um olhar mortiço
O cabelo negro comprido
Em perfeito desalinho.
O sino dobra a agonia
do correr do dia.
Vou sair e descer a avenida.
A luz morre no meu vestido negro.
Olho para o céu e vejo uma luz pequenina
que brilha sozinha,
tão sozinha como eu.
As pálpebras descem
e a noite debruça-se sobre mim,
triste e negra.
Carrega a saudade que em mim tenho.
Nos meus lábios algo vai morrendo,
quando as minhas redes prendem o teu amor tão vasto como o céu,
as saudades que trazia comigo.
Uma nova esperança vejo nos olhos da saudade,
um novo amor florescerá em mim
da cor do jasmim,
e que colherei para ti.
Querida Ana:
ResponderEliminarUm rosto nunca é velho, se tiver alegria interior. O olhar nunca deve ser mortiço, pois se estiver« alegre, fluirá, necessariamente, para o exterior e irradiará na sua roda de amigos ou no trabalho, tornando-o mais agradável e transformando a sua presença numa coisa desejada.»(J.S.Nobre). O cabelo, de manhã, ao acordar, é natural que esteja em desalinho, mas nunca saia com a roupa da véspera e sem se preocupar minimamente com a sua aparência. Eu sei o que é saudade, e todos sabem também, mas vestir-se de preto não ajuda muito.
O seu poema é belíssimo, pois parte do negativo para o positivo, para a Esperança, para um novo ressurgir.
Parabéns da que espera uma visita sua http://pegadasdeanjo.blogspot.com mas com um comentário, de preferência nas postagens que têm menos.
Um abraço
Beatriz de Bragança
Sem amor, todos vestimos de negro...
ResponderEliminarO amor traz-nos luz.
Excelente poema, gostei imenso das tuas palavras poéticas.
Um beijo, minha querida amiga AP.