Foto: Grisha Selivanov
Esta história é um prenúncio
de morte anunciada.
Escuto o silêncio solitário
acentuando, à partida,
a minha sina que me caia de
negro,
como viúva.
O tempo marca o meu corpo
feito ampulheta.
Reconheço, que já não sou
jovem.
O tempo muda.
O verão surge subitamente
quando
entras na minha casa.
A tua vida é minha agora.
Já não podes ir embora.
Seremos apenas nós.
O que posso eu fazer,
senão alimentar me de ti?
Sei que estás de passagem
mas o veneno consome o teu corpo
sem hesitar,
quando te toco para te
agarrar.
Acompanho te até ao teu
ultimo sopro
nupcial.
Foste um lugar onde a solidão
era impossível.
No final continuo Viúva Negra,
orgulhosamente..
Este poema consegue situar-se no espírito da viúva negra, que é frequentemente associada a mitos e lendas em diversas culturas. Há tradições onde ela é vista como um símbolo de perigo, traição ou morte. O seu nome, "viúva negra", sugere uma ligação com a morte devido ao comportamento de algumas espécies em devorar seus parceiros após o acto sexual.
ResponderEliminarGostei do poema, é excelente.
Boa semana.
Beijo.