Se surgir em flor
podes desfolhar-me.
Se surgir como areia,
não te metas comigo.
Mete-te dentro de mim
feito mar que se enrola
de fora para o in(fim)nito.
Se surgir feita caravela
e começar a divagar demais,
coloca-me a mão no ombro
e não me faças ir por viagens banais.
Se surgir como cobra,
descama-me mas não me dispas.
Agarra-me pela ponta dos cabelos
e ficarei no fio da navalha,
logo que tragas a adaga
e me deite na parede.
Já cá não vinha a tempos...gostei do que li. Escrita intensa e bela, como sempre. Beijinhos
ResponderEliminarDeitada na parede não haverá ambiguidades a separar-vos...
ResponderEliminarUm gosto ler-te.
Um beijo.