domingo, 4 de dezembro de 2016

Brutal





Vês a brutalidade da sensualidade

que carrego nas mãos.

Armas de erotismo que aponto

Para ti.



Sento-me na cadeira

E não há maneira

De não me sentir submissa.



Anseio ouvir-te.

Estou com a pele

Viva e quente.

Seguras nas minhas mãos

para prender o meu corpo inocente.



A tua voz quente

vibra no meu ouvido.



Pensas-me indefesa.



Queres levar-me à lua.

Para isso preciso de te pedir

que me possuas.



A viagem é longa.

É preciso ir devagar

para chegar bem e depressa.



Viajas fora do meu corpo.

Traças trajectórias cadentes

de beijos incandescentes.



Dominas todas as ruas.



Os teus dedos na

garganta

apertam-me as palavras.



Esticas a corda.

Puxas-me para ti.

O meu tronco eleva-se.



Deixas-me riscar-te

as costas.

Sem erros.



Ficas entre as minhas coxas.

Fecho os olhos em gemidos.

Preciso do sabor da terra.

Preciso do perfume doce

que paira no ar

quando somos cremados

na fogueira dos sentidos.



Isso sim:

é brutal!

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