Foto: Liliana Karadjova
Sento-me na
mesa do café.
Vamos dar
as mãos e
ter dois
dedos de conversa.
Vamos revelar
os nossos segredos
no silêncio
de um copo.
Aumenta o
nível.
Senta-te na
cadeira.
Não cairás
daí.
Espera para
pedir
o que
desejas.
Diz-me isso
ao ouvido
e não
pagarás por isso.
Às vezes
dizer o que vai na alma
é preciso.
Teremos uma
conversa relevante
Coloquemos
algum tónico
nas
palavras bebidas
pela voz.
Embriagadas
dentro de nós.
Somos
capazes de ficar com a cabeça às voltas.
Não me
apetece falar de coisas bonitas.
Não te vou falar
de sentimentos.
Isso não dá
para mim.
Não sou a
tal.
Sou o que
escrevo.
Sou o
limite da tua imaginação.
Um hálito
de poesia.
Não existo.
Sabias?