Foto: Pour le plaisir des yeux (página do Facebook)
Desculpem.
Preciso de orientação.
Foi de passagem
que perdi a inspiração.
Rabisquei o papel com
palavras feias,
erradas,
ilegíveis,
esborratadas.
Até dá vontade de
chorar.
Estou a brincar.
O pensamento vagueia
mas não me vou inspirar
na Lua Cheia.
Quero algo verdadeiro
e ela só me fala de
mentiras.
Afinal ela é vazia.
Não mora lá ninguém.
Irritam-me as palavras
carnais.
Nada tentador.
Não posso agarrar
aquilo de que não sinto
calor.
Não vou escrever sobre
sonhos.
Não vou dormir.
Tenho um problema no
olhar.
Apenas vejo ao perto.
O que esta longe não
consigo alcançar.
Aproxima-te
para te ler melhor.
Deito-me a adivinhar
onde podes tropeçar.
Será que é neste verso
ou irás continuar a
recitar- (me)?.
Quero ver se te consigo
agarrar.
Não me quero deitar.
Detesto o que é
paralelo.
Prefiro que sejas reto
e vás direto ao ponto.
Caso contrário,
nunca nos encontraremos.
Escondo as mãos
nos novelos
dos meus cabelos
e torno-me uma mulher despenteada.
Não fiquei bonita.
Apenas queria aquecer as
mãos,
mais nada.
Crio estas imagens em silêncio
sobre a espuma das
palavras
que me molham os pés.
Entre a Lua e a maré.
Navega em mim
para saberes como é.
Tapem os ouvidos.
Apetece-me gritar.
Estou a falar para as paredes,
entendes?
Desculpem a intromissão.
Vão ler poesia a sério.
Eu dou permissão.
Invejo-te. Ah, como gostaria de passear pelas palavras com tamanha desenvoltura e beleza e sensibilidade e singeleza e lascívia e... estais vendo?
ResponderEliminarInvejo-te. Lindo.