sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A beleza está em mostrar o esqueleto?




Termos uma boa aparência é essencial para causar uma boa impressão nos outros. Mas cada um de nós atribui um peso diferente à sua imagem: uns acham que o que conta é o interior não apostando muito na aparência; outros vêem a aparência como um meio para alcançar o sucesso.
De facto, o culto do corpo e a moda são alguns dos factores que promovem a beleza do corpo feminino cada vez mais magro. Tal “culto” verifica-se por exemplo na apresentação de cartazes publicitários que mostram modelos que são altas, excessivamente magras e com um “palmo de cara”. Eis um padrão de beleza que, a maioria das adolescentes tendem a imitar ou porque se sentem insatisfeitas com a sua imagem ou porque desejam de facto ser “modelos”.
Com vista a tornarem o seu corpo “escultural”, as jovens submetem-se a dietas demasiado duras. Em alguns casos, o desejo de ser magro contribui para o aparecimento de um distúrbio alimentar: a anorexia nervosa.
As pessoas atingidas por este distúrbio (anorécticos) estão constantemente com medo de se tornarem gordos. Para evitar que tal aconteça comem alimentos com poucas calorias. Em alguns casos a obsessão passa pela contagem das calorias ingeridas, sendo algo catastrófico, engordar algumas gramas. Assim, para evitar o aumento de peso recorrem a laxantes ou fazem exercício físico durante muitas horas.
Na verdade, a percepção do corpo é distorcida, pois mesmo estando magras vêem-se gordos, desejando emagrecer mais.
Este emagrecimento excessivo tem como consequências: a cessação da menstruação, hiperactividade, perturbações do sono e até a morte (em casos extremos). Para 40% dos doentes o tratamento desta doença pode variar entre o tratamento em ambulatório até ao internamento compulsivo e alimentação intravenosa, sendo realizada com sucesso. Infelizmente para uma grande percentagem, a doença é crónica.
Perante isto, considero que os maiores culpados são aqueles que permitem que pessoas doentes sejam admitidas como “ideias de beleza”, ou seja como modelos. Modelos? Modelos de quê? Modelo pode definir-se como “coisa ou pessoa que merece ser imitada” o que não me parece ser o caso.
Ser um esqueleto ambulante por um momento de fama?
Na minha modesta opinião: antes saudável e com “curvas”, do que um esqueleto ambulante cujo destino poderá ser o cemitério.

2 comentários:

  1. Que horror!
    Vê cada vez mais mulheres assim, e no mundo da moda então... :/

    ResponderEliminar
  2. Nunca consegui entender o porquê deste extremo. É horrível como as fazem ficar, e o pior é que algumas fazem-no por livre iniciativa.

    ResponderEliminar