quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Melodia do Silêncio


 

 
 
És um espelho de água

onde gosto de me banhar.

Estendo a mão.

Não encontro bolas de sabão.

Apenas bolas de ar.

 

A água escorre pelos cantos da tua boca.

Docemente a levo aos lábios.

Tudo inunda dentro de Nós.

Tornamo-nos canais comunicantes

apenas com duas variantes:

Eu e Tu.

 

Desfaço o teu sorriso

e caem estrelas.

Admiro-as.

Gosto de vê-las.

Olho para os sinais do céu.

Quando me olhas,

és meu.

 

O vento acaricia as colinas.

Dá-se a desfolhada.

Cai a folha e deixas algo de ti.

Não sei, nesse momento,

se fico ou se parti.

Ficamos ligados num abraço forte.

Perco o rumo.

Perdes o norte.

 

Erro nas curvas do teu olhar,

Indefesa.

Há explosões no meu corpo,

não sei se vivo ou se morto.

Vou pousar na Lua

Cheia de nada palpável.

Afinal, estou nua.

 

A luz rompe da Alma

quando alguém diz que ama.

São trilhos que o Amor deixa traçados

para os pedidos e para os achados.

Dessa viagem guardo as melodias do Silêncio.

3 comentários:

  1. Boa noite..
    ui ui..
    QUE MARAVILHA! ADOREI

    Bom fim de semana

    beijinhos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Passei. Li. Meditei...entranhei.
    beijo.

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  3. Lindo o teu versejar! Parabéns!

    Beijos!

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