domingo, 30 de outubro de 2011

Aquilo que se espera e deseja




Aquilo que se espera e deseja  está na Ilha
Naquela Ilha de quem
O mar é dono e senhor.
Não interessa que traga tempestades
Ou se transforme em Adamastor.
Ele simplesmente é a fonte do amor e do desejo
de quem habita a Ilha
Dos Amores perdidos e achados
Amados ou abandonados
è nesse cantinho que encontramos
as ninfas e as sereias que encantam com o seu canto profundo
os eternos insatisfeitos trazidos no regaço desse mar.
Simplesmente embriagados pela satisfaçao abandonam o sentido
E dão como perdido
O Amor que permanece no seu lugar
Num eterno ir e voltar
Que as sereias e as ninfas admiram com o olhar
Mergulhando nele num incessantemente suspiro
O Amor é nosso e permanecerá em nós pois será  eterna a voz que sentimos pulsar na nossa alma tão eterna como tu, Mar da lusitana Paixão.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Basicamente não gosto de ti



Odeio-te pois és o meu lado lunar
Já vagueei por aí
E deste-me vontade de nunca mais acordar ( em ti).
És frio
E eu não gosto desse local sombrio
Que percorro quando fecho os olhos 
E simplesmente mergulho em ti
E nesses momentos dizes ser senhor de mim.
Percorro os vales encarnados
Que foram pintados com o pincel que mergulhou
No peito do corpo
que vagueia por aí e que quiseste matar
e considerá-lo um bem precioso mas morto.
Esses vales despidos de coisas verdadeiras
Provocas em mim essa cegueira
Que me faz acreditar que esse é o meu lado verdadeiro.
Odeio as tuas presenças
Adoro as tuas ausências
Basicamente não gosto de ti.
As sombras são tuas
Os fantasmas são teus
E tudo o que prevalece em ti sou eu.
Odeio as tuas presenças
Adoro as tuas ausências
Basicamente não gosto de ti.
Sou  ( ás vezes) a prisioneira dos teus encantos
Frios e cruéis
Pois quiseste levar o meu corpo mas ficaste apenas com os papéis.
Caminhamos os dois às vezes de mão dada
Mas quando deres por isso já não sobrará nada
De nós.

sábado, 15 de outubro de 2011

Há amores assim


A areia que pisas é marcada pelas idas e vindas do mar que vês
Nas partidas e chegadas
Vão sendo deixadas pegadas
Que vão sendo apagadas
Pelo simples alisar do chão.
O mar que faz questão de marcar com um doce e breve deslizar
Arranha essa areia tão macia que desliza
Por entre os seus longos dedos.
Não se sabe o que ele diz mas o que sempre quis
Envolver-se na areia, morrer e ser feliz.
E a areia reconhece o seu sabor
Mesmo sendo marcada por esse mar
Continua a aceitá-lo como sendo o seu eterno amor.
E num suspiro tao profundo o mar lhe diz
Há ir e voltar como há amar e morrer.
E é nesse morrer tao profundo
Que esse amor prevalece e se revela
Num suave  e breve deslizar.