sexta-feira, 30 de abril de 2010

Olhamos e………



Olhamos para os outros

Não olhamos para nós

Pensamos que são os outros que estão mal

que não somos nós

 
Estamos agarrados ao que vemos

estamos agarrados às aparências

pura ilusão

Mas para muitos, sinal de inteligência.


Criticamos os demais

Porque possivelmente até gostaríamos de ser assim

(ou não)

por acharmos que os outros são mais perfeitos

e que nós poderemos ter mais defeitos

Ou

Simplesmente porque somos humanos

e os humanos sentem e erram

criticam

ficando assim por vezes parados num tempo vazio que achamos que está preenchido

por aquilo que vemos em redor.

Ainda bem que esse tempo não é generalizado e que os outros não são o nosso espelho porque não há nada melhor que manter a nossa autenticidade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Abraça-me.......



Abraça-me e em silencio ficaremos pk por agora as palavras nao sao necessarias.
Quero que me aconchegues junto a ti e k juntos consigamos sentir.....
Aperta-me com força contra o teu peito e deixa que eu te torne o meu abrigo , a minha almofada por uns momentos.
Abraça-me
Aperta me junto a ti e abafa estas emoçoes que me sufocam a alma e me ofuscam a mente.
Não suporto........
Não suporto olhar para a frente e ver o que ficou atrás....
Não quero pk isso magoa e eu quero esquecer.....
Não suporto por isso abraça-me.....
Se tiver de chorar deixa
Mas..........
Mas hoje nao tenho mais lagrimas para chorar
Elas secaram nesse passado que teima em ressurgir......
Hoje....
Hoje ja nao ha lagrimas mas apenas um bater do coraçao mais acelerado
um aperto que magoa
um bater ao qual quis tirar a emoçao apesar de tudo
sabes porquê?

Quero ter um sorriso no rosto mesmo que seja triste e..............as lágrimas?
As lágrimas ficarao para o silencio de uma noite solitaria.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sabes que morri para ti?

Tens estado ausente mas a tua presença está nos jardins


Tenho sentido a tua ausência ao longo dos anos.

 Das vezes que me cruzei contigo foi de uma forma casta e inocente.

Não sabia quem eras nem como te olhar.

Não sabia o que dizer, não sabia o que pensar.

Continuas ausente….

Se me cruzei contigo há uns anos, foi apenas de uma forma sentida apenas nada mais…..

Senti te como nunca senti algo igual. Deste me sentimento, vontade de te ter por perto.

Mas essa vontade foi se desvanecendo com os dias e as horas porque afinal nunca te partilhei com “ninguém”.

Partilhei apenas as noites sem dormir, as lágrimas derramadas, apenas isso…..

Estava presa à tua ilusão e ao acreditar que serias bom para mim e que me darias o equilíbrio que necessitava.

Mas não….

Desequilibrei-me porque

Porque morri para ti. Quis morrer por ti…

Hoje a tua ausência já não é (tão) notada porque nunca estiveste comigo de uma forma plena.

Senti te apenas e não te vivi…..

Se um dia olhares para mim, se te aproximares não darei por isso porque não sei que rosto tens, não sei como és, não sei…..

Se me disseres que me queres direi simplesmente que foi engano.

Observo os teus efeitos e gosto do que vejo.

Mas  tu sabes

Sabes que morri para ti não sabes?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Voltará noutro dia só para ti



Prostrada sobre a cama

Envolvida pela escuridão

Querias um motivo

Para alcançar a satisfação

Não o encontraste por entre as roupas e a cama vazia

Querias chorar mas adiaste isso para outro dia

Querias não ficar só

Então procuraste por entre as fantasias

Um motivo para ficar por ali.

Lentamente despiste o teu corpo

E vestiste-o com a alma daquela que querias um dia te tornar

A mulher “fatal” que não mata

Mas que espera que um dia alguém a possa amar.

Perdeste o pudor e com os dedos passeaste pelo corpo

Que desejavas conhecer

Através dos pensamentos e das mãos

Sequiosas de prazer.

Ficaste por aí passear por entre as curvas de um corpo

Com o qual desejavas alcançar o céu.

Entregaste te a esse momento que disseste ser teu
Dispersa em pensamentos e fantasias

Ficaste por ali e quando o momento chegou

Olhaste para as tuas mãos cobertas com o prazer que conseguiste alcançar

Na escuridão sentias o cheiro do corpo que “possuíste”

E que achavas não ser teu

O coração disparou e ficaste ali

Saboreando o momento que te deixou o corpo em êxtase

O momento que pediste para ti

Envolvida na escuridão que era a testemunha desse desejo

Que voltará noutro dia só para ti.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sabes que sou pouco

Sabes que sou pouco mas sao as pequenas coisas que fazem a diferença


Conhece me agora porque amanha pode ser tarde
Ama-me e deseja-me
Percorre o meu corpo e sacia te
Sacia esse desejo que está entalado no teu corpo
Beija-me
Encosta me à parede e prova-me que sou unica
Que nao sou como as outras
Sente me e grita comigo
Cala definitivamente os gritos do silencio e substitui-os pelos gritos do prazer
Deseja me e faz com que eu faça parte do teu mundo de fantasias
Torna esse mundo realidade
e ficaremos juntos por aí

Há sempre alguém

Se fores capaz de reconhecer aquilo que és e os teus defeitos, mais ninguém poderá magoar-te porque os nossos piores inimigos somos nós próprios e não os outros





Há sempre alguém que está do outro lado.

Sempre que a olho reflectida no espelho nem sempre consigo reconhecê-la. 
Olho para ela e nao a conheço.
Percorro com os dedos o espelho para conseguir ver algo mais ou pelo menos ver quem é.
Toco-lhe na face para tentar senti-la e descobrir algo de familiar.
Falo para ela fazendo soar uma voz familiar e assim quebrar o silêncio que paira entre "nós".
Quando menos se espera ouço-a pronunciar estas palavras " És uma pessoa estranha que nao vale a pena conhecer".
Nesses momentos ouço o quebrar do espelho e por algum tempo deixo de lhe falar e de olhar para ela.  Tudo porque nesses momentos odeio-a.
Odeio esse ser que está reflectido no espelho e nesses momentos digo-lhe " És mesmo idiota".
Palavras que me fazem voltar à Terra e abrir os olhos e pensar que se o disser mais ninguem poderá ter esse direito.
E assim, sinto me mais leve mesmo que as palavras nao façam sentido.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Um desejo

Um desejo satisfeito entre 4 paredes e a água corrente.

Entraste num espaço e entre quatro paredes desejaste despir-te de tudo o que envergavas.
Quiseste libertar o teu corpo de tudo o que o cobria, pois para ti era algo acessório. Ficaste natural com um olhar discreto mas sedutor. Não te conhecia esse rosto de anjo para com um rasto de sedução inocente.
Despida de preconceitos limitaste-te a estender a mão para abrir a água do chuveiro.
Fechaste a cabine atrás de ti.
Tinhas apenas desejo…. Desejo de te satisfazeres usando o teu corpo.
Querias lavar a mente de tudo, lavar o corpo e satisfazer o desejo.
Entre a água que escorria pelo teu corpo, podia sentir-se o bater do coração em qualquer parte que tocasses.
Bastava olhar-te…….
Sentia-se o cheiro a baunilha do gel que usavas e que começou a escorrer suavemente pelas partes íntimas de um corpo que não pertencia a ninguém.
Os dedos percorriam o corpo e espalhavam a essência daquilo que se sente mas não se vê: desejo.
Libertaste-te de preconceitos e partilhaste contigo mesmo o teu conhecimento e descobriste o verdadeiro sentido da satisfação imediata.
Sorriste entre as gotas que se foram evaporando graças ao calor do teu corpo.
Satisfizeste um desejo mas no teu íntimo sabes que para lá das 4 paredes tudo será como antes.