quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O (Re)Encontro


 
A noite solta as lágrimas invisíveis.

A Alma torna-se tempestade.

Sou uma poesia pela metade.

Amo a silhueta do teu corpo:

um sopro de ar que se deita a meu lado.

 

Escrevo um poema.

É um abraço que dou

com a simplicidade da nudez.

É assim que me vês,

quando me dispo na folha.

É o que sou.

É o que penso.

Não sou de Ninguém.

A Ti pertenço.

 

Os teus dedos de tinta

Guardam os meus sonhos

selados com traços de Amor

que acariciam o papel,

me matam por dentro

e me ferem a pele.

 

Bebo um copo de Silêncio

que me queima os lábios.

Revelo as minhas palavras virgens.

São tónicas na essência.

Átonas na aparência.

Tudo é infinit(iv)o.

Nada é conjugado.

Desfaleço.

Já não ouves o grito do meu corpo.


 
Beijas a luz que me ilumina.

Trazes o dia nas mãos.

Acaricias a minha pele pálida de Amor.

Não encontrarás noite em mim

Porque o Amor é palavra, mas também

(re)encontro de corpos.

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