sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Essa alma que pintas


Pintas e delineias com a caneta o rosto da alma que amas.
Essa alma desconhecida, essa alma que devaneia e tantas vezes não tem razão
Pintas esse retrato com a naturalidade com que respiras
Como se morresses amanha e nunca mais a “visses”
Essa alma tão distante que vagueia por essa rua
Tão nua como ela
Tão fria como o gelo que te escorre por entre os dedos
Mesmo assim continuas a amá-la.
Mesmo sabendo que ela é louca mas que mantém solta o poder da liberdade
Essa alma que se banha nesse rio tao límpido que espelha as linhas do seu corpo
Esse rio que desagua no mar
E que estende os seus braços para a abraçar.
Alma com beijos frios e salgados
Que esperas que um dia se tornem mais doces e menos amargos.
Alma eterna fugídia que se esconde atrás das palavras que escreves
E que morre no ponto final
Mas que revive na tua alma que pões na ponta da caneta.

1 comentário:

  1. Magnífico poema.
    Para quem anda sem inspiração...
    Gostei muito, minha querida amiga. As tuas palavras revelam bem o talento que tens (quando queres...).
    Tem um bom fim de semana.
    Beijinhos.

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